Airbus explora tecnologia de propulsão híbrida-elétrica para aeronaves
Por Tim Hepher
PARIS (Reuters) - A Airbus está trabalhando em propulsão híbrida-elétrica entre as opções para reduzir emissões de poluentes de aviões a jato, disse a fabricante europeia nesta sexta-feira.
A companhia divulgou a iniciativa em um documento que projeta mais de 1 milhão de toneladas de emissões de CO2 equivalente ao longo da vida de cada jato da geração atual. A empresa se tornou o primeiro fabricante de aviões a relatar as chamadas emissões de "Escopo 3".
Até agora, a Airbus divulgou principalmente o hidrogênio como a fonte de energia preferida para futuros aviões, prometendo lançar o primeiro avião comercial movido a hidrogênio em 2035. Mas na sexta-feira, a empresa disse que também estava trabalhando em alternativas híbridas-elétricas.
"O trabalho da empresa em vôo elétrico lançou as bases para nosso futuro conceito de aeronave comercial de emissão zero", disse a Airbus, acrescentando que "agora está explorando uma variedade de opções de tecnologia híbrida-elétrica e hidrogênio".
Embora os especialistas digam que o hidrogênio pode alimentar aviões relativamente pequenos e galvanizar investimentos verdes, ele apresenta desafios devido ao seu volume e à necessidade de uma nova infraestrutura.
Diversas fontes da indústria dizem que a principal opção para uma futura substituição do avião mais vendido da Airbus, o A320 de 150 assentos, que provavelmente entrará em serviço na década de 2030, envolve a energia elétrica híbrida, com o hidrogênio provavelmente só abastecendo aviões de grande porte mais tarde.
Os fabricantes de motores estão explorando ativamente os motores de rotor aberto com pás visíveis, usando uma mistura de turbinas tradicionais e propulsão elétrica para futuras substituições do Airbus A320 e do Boeing 737, disseram autoridades da indústria à Reuters.
"Apenas uma combinação de tecnologias, incluindo hidrogênio, nos ajudará a ter como meta a emissão zero", afirmou um porta-voz da Airbus.
O presidente-executivo, Guillaume Faury, defendeu que a indústria precisa se esforçar mais na pesquisa e na redefinição de suas operações.
Em 2019, a Airbus inaugurou uma instalação para testar sistemas alternativos de propulsão e combustíveis na Europa. A empresa também está usando um turboélice Daher-Socata TBM 900 para analisar a propulsão distribuída com o motor padrão complementado por motores elétricos montados nas asas, disse o porta-voz da Airbus.
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