Universidade de Oxford vai testar vacina contra covid em forma de spray
Do VivaBem, em São Paulo
06/07/2021 17h08Atualizada em 06/07/2021 17h18
A Universidade de Oxford vai começar a testar em humanos uma vacina contra a covid-19 aplicada em forma de spray nasal. O imunizante é essencialmente o mesmo que o desenvolvido em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e que é usado em todo o mundo.
O estudo vai testar o novo imunizante em voluntários saudáveis de 18 a 55 anos. Segundo a universidade, caso seja aprovada nos testes, a nova forma de aplicação pode aumentar a taxa de proteção contra infecções e transmissões, além de não precisar de uma agulha, o que é visto como uma vantagem.
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Neste momento, serão selecionados 54 voluntários para o estudo. Os participantes serão alocados de forma aleatória para receber uma ou duas doses da vacina. Eles também receberão uma compensação financeira que vai de 325 a 445 libras (mais ou menos entre R$ 2.300 e R$ 3.200).
Para participar, os voluntários não podem ter sido previamente vacinados contra a covid-19 e nem ter recebido qualquer outra vacina que usa a tecnologia de adenovírus recombinante.
O estudo nos dará informações valiosas sobre a segurança da vacina e a extensão da resposta imune quando administrada por via intranasal em voluntários saudáveis. Fazemos isso dando aos participantes a vacina por spray nasal, além de fazendo exames de sangue, testes a partir de coletas nasais e coletando informações sobre quaisquer sintomas que ocorram após a vacinação", diz o anúncio no site do centro de pesquisa.
Os testes, que vão acontecer exclusivamente em Oxford, na Inglaterra, vão durar cerca de quatro meses. Durante o período, os participantes terão que comparecer ao centro clínico de sete a dez vezes, dependendo de quantas doses ele for receber.
Ao participar, você dará uma importante contribuição ao conhecimento que poderá auxiliar no desenvolvimento de uma nova via de administração para a vacina contra a COVID-19. Esta via pode permitir uma administração mais fácil da vacina sem agulhas e ser mais eficaz no bloqueio da disseminação de COVID-19. Esse conhecimento melhoraria a situação econômica e de saúde de milhões de pessoas", diz o edital.