Brasil tem 2.008 mortes em 24 h e média diária de óbitos segue crescendo
Do VivaBem e colaboração para o VivaBem, em São Paulo
12/06/2021 19h11Atualizada em 12/06/2021 22h06
O Brasil registrou, neste sábado (12), 2.008 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, a média diária de óbitos pela doença subiu para 1.961 e atingiu o maior número em 21 dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
A soma de mortes pelo coronavírus chegou a 486.358. Desde ontem foram computados 75.778 novos casos da doença, elevando para 17.376.998 o registro de infectados na pandemia.
Os dados não indicam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos. Segundo especialistas é por esse motivo que a média móvel de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento do vírus, já que ela corrige diferenças nos números diários provocados por feriados e finais de semana, quando há represamento de dados em função do regime de plantão nas secretarias estaduais de saúde.
Embora apresente tendência de estabilidade na média móvel de mortes (6%), o Brasil apresenta índice acima de 1.000 há 143 dias, maior período de tempo até agora. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás e leva em consideração o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, indica aceleração. Abaixo de -15%, indica desaceleração. Entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Seis estados reportaram mais de cem mortes de covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.513) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 543
- Rio de Janeiro - 289
- Minas Gerais - 283
- Paraná - 165
- Rio Grande do Sul - 129
- Bahia - 104
Ainda assim, 18 estados estabilidade na média móvel, enquanto outros cinco tiveram aceleração e quatro, queda. Apenas quatro unidades federativas registraram queda: Rondônia (-20%), Tocantins (-20%), Ceará (-21%) e Distrito Federal (-16).
Duas regiões apresentaram tendência de aceleração: Norte (55%) e Sul (17%). As regiões têm tendência de estabilidade: Centro-Oeste (7%), Nordeste (-5%) e Sudeste (-8%).
Dados do Ministério da Saúde
Neste sábado (12), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil reportou 2.037 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 486.272 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 78.700 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 17.374.818 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 15.761.177 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.127.369 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-12%)
- Minas Gerais: estável (13%)
- Rio de Janeiro: estável (6%)
- São Paulo: estável (0%)
Região Norte
- Acre: estável (-13%)
- Amazonas: alta (48%)
- Amapá: estável (15%)
- Pará: estável (6%)
- Rondônia: queda (-20%)
- Roraima: estável (-15%)
- Tocantins: queda (-20%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (14%)
- Bahia: estável (-2%)
- Ceará: queda (-21%)
- Maranhão: estável (6%)
- Paraíba: alta (22%)
- Pernambuco: alta (31%)
- Piauí: estável (13%)
- Rio Grande do Norte: alta (49%)
- Sergipe: estável (-2%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-16%)
- Goiás: estável (13%)
- Mato Grosso do Sul: estável (11%)
- Mato Grosso: estável (9%)
Região Sul
- Paraná: alta (20%)
- Rio Grande do Sul: estável (15%)
- Santa Catarina: estável (-6%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.