Vecina: Importação da Covaxin e Sputnik, se aprovada, não seria impactante
Do VivaBem, em São Paulo
04/06/2021 12h29Atualizada em 04/06/2021 15h08
O ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto disse hoje que o resultado não será impactante para as necessidades de vacinação do país caso a agência aprove hoje os pedidos de importação dos imunizantes Covaxin e Sputnik V devido ao número de doses disponíveis. Os diretores da Anvisa se reúnem hoje, a partir das 14h, para fazer a análise.
"Eu acho que nenhuma dessas duas vacinas neste momento trarão mudança para nossa perspectiva de vacinação. A vacina russa, neste exato momento, tem 100 mil doses envasadas em Guarulhos, isso não é nada (...) Com relação à Covaxin, da Índia não sairá a vacina para o Brasil nesse momento dada a situação extremamente difícil que está vivendo. Se aprovado, acho que o resultado não será impactante nas nossas necessidades de vacina", disse ao UOL News.
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Também em participação no programa, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), explicou que o consórcio Nordeste tem uma "compra firme" de 37 milhões de doses da Sputnik V. Ele ressaltou, no entanto, que é necessária a autorização para liberação de importação.
"Pela regra brasileira, somente é possível entrar a vacina pronta no Brasil com autorização de importação", disse.
Um primeiro pedido de importação e uso da Sputnik V foi negado pelos diretores em 26 de abril. Pouco depois, os governadores do Consórcio Nordeste encaminharam à Anvisa um pedido de reavaliação sobre a vacina russa, anexando o relatório da Federação Russa ao Ministério da Saúde para sanar dúvidas sobre o imunizante.
Segundo o colunista Tales Faria, do UOL, a Covaxin enfrenta menos restrições, mas em um primeiro momento também não atendeu a todos os critérios da área de Medicamentos da Anvisa, já que o órgão não aprovou a qualidade do laboratório produtor, o Bharat Biotech, após uma inspeção.
Pelo menos 20 milhões de doses da vacina indiana são previstas em um acordo de aquisição com o governo federal.
Hoje, o PNI (Programa Nacional de Imunização) brasileiro conta com três vacinas contra a covid-19 aprovadas e em utilização no mundo: a CoronaVac, a Oxford/AstraZeneca e a Pfizer/BioNTech.