Células-tronco ajudam a reparar tecido cardíaco em laboratório
Do VivaBem, em São Paulo
08/08/2019 11h05
Resumo da notícia
- Cientistas testaram o uso de células cardíacas derivadas de células-tronco humanas para aumentar sucesso dos enxertos cardíacos
- Os enxertos são usados para corrigir problemas após um infarto ou por alguns tipos de insuficiência cardíaca
- O resultado obtido em ratos é que usar essas células após a implantação do enxerto aumenta a vascularização do tecido cardíaco
- A inserção das células também aumentou ampliou as funções e a extensão do enxerto, além de ajudar o músculo a bombear melhor o sangue
Em um estudo publicado no periódico Nature Biotechnology, especialistas da University of Cambridge e da University of Washington School of Medicine mostraram que é possível usar dois tipos de células cardíacas, derivadas de células-tronco humanas, para construir um enxerto que repare os corações danificados por um infarto ou por alguns tipos de insuficiência cardíaca --quando a função sistólica é prejudicada, causando cansaço e fadiga, já que não há sangue suficiente sendo enviado na circulação.
De acordo com os médicos, durante o desenvolvimento embrionário, as células originadas no epicárdio --como é chamada a parede externa do coração --atuam de forma importante na formação do órgão até que ele se torne ativo.
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Os estudiosos pensaram, então, se não valeria a pena explorar a possibilidade de que essas células pudessem ajudar no desenvolvimento de enxertos experimentais de tecido cardíaco.
A análise em laboratório mostrou que o uso dessas células-tronco aumentou a estrutura e a função do tecido cardíaco humano. As células musculares, por exemplo, atingiram um grau de maturidade e aumentaram sua capacidade de contrair e relaxar.
Quando transplantadas em ratos, as células-tronco derivadas do epicárdio e as células musculares aumentaram a eficácia do enxerto, ajudando na proliferação das células e aumentando o tamanho do enxerto.
O transplante celular também melhorou a capacidade do órgão em bombear sangue e ainda estimulou o surgimento de vasos sanguíneos, aumentando a vascularização do tecido enxertado --um fator de extrema importância para conseguir fazer com que a cirurgia seja bem-sucedida.