Datena fala sobre impotência sexual devido ao diabetes; entenda a relação
Debora M*
Colaboração para o UOL VivaBem
05/06/2019 16h28
Resumo da notícia
- O apresentador José Luiz Datena falou sobre seu quadro de diabetes e problemas de ereção em entrevista no Aqui na Band
- Dificuldade de ereção é maior em quem tem o problema descontrolado, pois pode levar ao entupimento de veias e artérias, o que prejudica a ereção
- Quadro de Datena é mais grave pois une o diabetes tipo 2 à retirada de parte do seu pâncreas em 2006, que faz com que ele produza ainda menos insulina
O jornalista José Luiz Datena foi convidado do programa Aqui na Band, da Rede Bandeirantes, nesta quarta-feira (05) e contou um pouco sobre sua saúde e a convivência com o diabetes. Em um momento da entrevista, ele cita a dificuldade em ter ereção e como conta com a ajuda de medicamentos para isso.
De acordo com a endocrinologista Andressa Heimbecher, colaboradora do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), a disfunção erétil é um sintoma comum em pacientes com o quadro.
Isso acontece porque o diabetes pode acelerar o desenvolvimento de placas de gorduras dentro das artérias, e para ocorrer a ereção é necessário o desentupimentos dessas áreas para o sangue fluir e se acumular no pênis.
Andressa também explica que a diabetes pode afetar os nervos, causando neuropatia, e consequentemente a falta de sensibilidade dos órgãos dos pacientes. Porém, a médica explica que se o paciente souber lidar com uma rotina com características regradas como alimentação equilibrada, atividade físicas e boa qualidade de sono os sintomas podem ser reduzidos ou até eliminados.
Diabetes de Datena é mais grave do que o normal
Datena comentou na entrevista não só sobre o problema sexual, mas também sobre como ele passa mal devido ao problema. Mas é importante ressaltar como o quadro do jornalista é diferente do comum: em 2006 ele descobriu um tumor no pâncreas e precisou retirar metade do órgão. Ele já havia recebido um diagnóstico de diabetes tipo 2 anteriormente ao caso e sentiu que após a cirurgia os sintomas ficaram piores.
De acordo com Heimbecher, isso é comum, já que o pâncreas é o órgão que produz a insulina, hormônio que controla os níveis de glicose no sangue. "Com a cirurgia ele desenvolveu um diabetes secundário, que se sobrepôs à condição que ele já tinha", explica.
Ou seja, além do corpo dele ser resistente à ação da insulina (característica do diabetes tipo 2), ele ainda produz uma quantidade menor desse hormônio, já que seu pâncreas foi parcialmente retirado. "A resistência faz até com que a insulina que ele aplica tenha uma atuação mais fraca, o que explica a dificuldade de controle do quadro que ele relata ter", comenta a especialista.
* Colaborou Nathalie Ayres
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