Bloqueio de ácidos graxos retarda a progressão do câncer de próstata
Do UOL VivaBem, em São Paulo
09/02/2019 16h40
Cerca de 68 mil brasileiros por ano recebem o diagnóstico de câncer de próstata, segundo as estimativas mais recentes do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
O câncer de próstata evolui de modo silencioso, e quando os pacientes notam algum sintoma, significa que o tumor já está em estágio avançado.
Intrigados com o que torna essa doença tão agressiva, pesquisadores de universidades australianas buscaram determinar, por meio de um estudo científico, o que alimenta os tumores e como o metabolismo do câncer de próstata difere do de outros tipos de câncer.
De acordo com os cientistas, há uma forte ligação entre dietas pobres nutricionalmente, obesidade e incidência de câncer de próstata.
Renea Taylor, principal responsável pelo estudo, afirma que a equipe acreditava que homens que consomem mais ácidos graxos saturados parecem ter câncer mais agressivo.
Para confirmar a hipóstese, eles coletaram amostras de tecido humano de pessoas com câncer de próstata e as enxertaram em camundongos. Eles descobriram que a absorção de ácidos graxos era maior no câncer de próstata humano e que esses ácidos graxos alimentavam a biomassa do tumor.
Em seguida, os pesquisadores desativaram o gene responsável pelo transportador de ácidos graxos e examinaram os efeitos nos roedores com câncer de próstata. A eliminação do gene diminuiu os lipídios de sinalização que levaram à formação do tumor e retardou a progressão do câncer.
A equipe acredita que os bons resultados, agora publicados na revista acadêmica Science Translational Medicine, sejam uma maneira de fornecer evidências para desenvolver uma terapia para tratar a doença que afeta tantos homens.
Como prevenir o câncer de próstata
Uma dieta balanceada, pobre em gorduras de origem animal e rica em frutas, verduras, grãos e cereais integrais pode diminuir o risco do câncer, assim como de outras doenças. Fazer atividade física regular, manter o peso ideal, diminuir ou evitar o álcool e não fumar também recomendações importantes para minimizar o risco da doença.
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