Sua personalidade na adolescência pode afetar quanto tempo você vai viver
Do UOL VivaBem, em São Paulo
21/11/2018 10h49
Um novo estudo descobriu que que traços de personalidade na adolescência impacta na longevidade. Publicada no periódico BMJ na terça-feira (20), a pesquisa mostrou que os indivíduos caracterizados por calma, sensibilidade social (empatia), limpeza, senso de curiosidade e grau de maturidade vivem mais.
A equipe de cientistas da Universidade de Rochester e da Universidade de Illinois, ambas nos Estados Unidos, teve acesso a dados de 377.016 estudantes que tinham entre 13 e 18 anos de idade no início do estudo, em 1960, e que haviam completado numerosos testes psicológicos e questionários.
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Na época, os alunos foram avaliados em 10 traços de personalidade que pareciam cruciais para o desenvolvimento e o sucesso dos adolescentes: calma, sensibilidade social (empatia), impulsividade, liderança (determinada por um sentido de responsabilidade e autodeterminação), vigor (sendo energético), autoconfiança, limpeza (ordem), sociabilidade, cultura (ou uma sensação de curiosidade) e personalidade madura (orientada para objetivos).
Para a análise final, a equipe levou em conta os dados de 26.845 participantes de 1.171 escolas. Durante um período médio de acompanhamento de 48 anos, 13,12% desses participantes faleceram.
Ao observarem as informações, os pesquisadores relataram que os indivíduos que se diziam mais calmos, curiosos, com personalidade madura e senso se limpeza, e que marcaram pouca impulsividade tiveram menos risco relativo de morte por qualquer causa durante o período de 48 anos.
"Uma mudança [de desvio padrão] em traços de personalidade foi associada a aumentos ou diminuições (5 a 7%) no risco relativo de 48 anos de morte", escrevem os autores. Segundo eles, o rastreamento das associações de mortalidade e personalidade para a adolescência é surpreendente porque os anos do ensino médio são amplamente vistos como uma época de desenvolvimento da personalidade e maleabilidade.
A explicação para a relação entre a longevidade e a personalidade pode ser explicada justamente porque é nessa época da vida que os traços de cada um podem conduzir escolhas cruciais de estilo de vida, bem como trajetórias pessoais.
"Traços desadaptativos também parecem limitar a realização educacional posterior, impedir o avanço ocupacional na meia-idade e aumentar o risco de divórcio --fatores sociais e socioeconômicos ligados à morte tardia", avaliam os cientistas.
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