Exercitar-se faz você viver mais, mesmo que exagere na quantidade de treino
Do UOL VivaBem, em São Paulo
23/10/2018 11h52
Um novo estudo realizado por pesquisadores da Cleveland Clinic, em Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que mesmo níveis extremos de condicionamento físico aumentam a expectativa de vida, principalmente em pessoas mais velhas.
Os cientistas analisaram a relação entre a aptidão aeróbica e a expectativa de vida em 122.007 pessoas que participaram de testes em uma esteira ergométrica entre 1991 e 2014.
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Os pesquisadores dividiram as pessoas por aptidão cardiorrespiratória pareada por idade e sexo em cinco grupos de desempenho: baixo, abaixo da média, acima da média, alta e elite. A aptidão aeróbica dos participantes foi determinada por meio de um teste de estresse.
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Os resultados, divulgados no periódico Journal of the American Medical Association Network Open na sexta-feira (19), mostraram que, no geral, uma maior aptidão cardiorrespiratória correlacionou-se diretamente com um risco reduzido de mortalidade em longo prazo. Além disso, não foi observado um limite de exercício para que os participantes obtivessem benefícios para a longevidade.
Os níveis de aptidão das pessoas do grupo de elite eram comparáveis aos dos atletas profissionais. "A aptidão aeróbica extremamente alta foi associada a maior sobrevida e foi associada ao benefício em pacientes idosos e naqueles com hipertensão", escrevem os pesquisadores.
Segundo os cientistas, pessoas com 70 anos ou mais se beneficiaram mais do grupo de elite de aptidão cardiorrespiratória.
Por outro lado, a baixa capacidade de adaptação aeróbica era tão forte quanto um preditor de morte precoce, como tabagismo, doença cardíaca ou diabetes.
"A aptidão cardiorrespiratória é um indicador variável da mortalidade a longo prazo, e os profissionais de saúde devem encorajar os pacientes a alcançar e manter altos níveis de condicionamento físico", concluem os pesquisadores.
Wael Jaber, cardiologista da Cleveland Clinic, afirma que o condicionamento aeróbico é algo que a maioria dos pacientes pode controlar. "E descobrimos em nosso estudo que não há limite para o exercício. Todos devem ser encorajados a atingir e manter altos níveis de aptidão física."
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