Fumar aumenta risco de homens terem filhos e netos com déficit cognitivo
Do UOL VivaBem, em São Paulo
21/10/2018 12h31Atualizada em 21/10/2018 18h41
Não é de hoje que os médicos advertem sobre os malefícios do cigarro a longo prazo, principalmente aos fumantes passivos. Agora, um novo estudo publicado na PLOS Biology sugere que exposição à nicotina em homens pode levar a déficits cognitivos em seus filhos e netos.
Os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Flórida (EUA) descobriram que as mudanças no esperma do pai atribuídas à nicotina levaram a problemas em genes que desempenham um papel na memória e na aprendizagem.
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A exposição à nicotina para mulheres é reconhecida como um fator de risco significativo para transtornos comportamentais, como o TDAH (transtorno. Com os homens, não há evidências suficientes para separar os fatores de risco genéticos das influências ambientais.
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Como o estudo foi feito
Para a pesquisa, a equipe expôs camundongos machos à baixa dose de nicotina em sua água potável durante o estágio de desenvolvimento, quando eles estão produzindo espermatozoides. Os camundongos foram então criados com camundongos fêmeas nunca expostos à nicotina.
Embora os pais apresentassem tendências comportamentais normais, tanto a prole masculina quanto a feminina exibiam hiperatividade, déficit de atenção e inflexibilidade cognitiva.
"Ao analisar os espermatozoides do pai, encontramos vários genes com alterações epigenéticas. Isso inclui o gene da dopamina D2, que tem um papel importante no desenvolvimento e aprendizado do cérebro. Essa é a provável fonte dos déficits cognitivos encontrados em seus descendentes", concluiu Deirdre McCarthy, co-autora do estudo.
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