Sexo com robô é seguro? Cientistas não garantem isso
Do VivaBem, em São Paulo
05/06/2018 15h31
À primeira vista, a ideia parece estranha. Mas transar com um robô está se tornado prática cada vez mais comum em alguns países. Por conta disso, pesquisadores do Hospital Universitário de St. George e do Centro Acadêmico de Saúde da Mulher, em Londres, decidiram analisar possíveis prejuízos à saúde que a relação sexual com um boneco pode trazer.
Os fabricantes de robôs do sexo argumentam que esses produtos hiper-realistas não podem causar danos. Eles defendem que as "máquinas" podem evitar problemas de saúde mental, bem como casos de assédio e agressão, ao oferecer aos homens --e recentemente, também às mulheres -- uma saída confiável para suas necessidades e desejos íntimos.
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Mas os pesquisadores questionam esses efeitos benéficos da máquina. Eles alegam que não é possível garantir cientificamente esses benefícios psicológicos e muito menos que ter um robô é garantia de sexo seguro.
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“Quaisquer alegações sobre sexo seguro são problemáticas pois não se sabe quem assumiria a responsabilidade no caso de um mau funcionamento do boneco sexual. Também há a questão de limpeza e higiene [da máquina], e como a indústria explicaria se indivíduo pegasse uma bactéria ou infecção, por exemplo”, afirma Cox-George, um dos autores do estudo.
Segundo George, há escassez sobre informações do aspecto de saúde em relação aos bonecos do sexo. Além disso, existe uma falha em reconhecer e relatar consequências sociais e de saúde para os usuários dos robôs, e também investimento inadequado em pesquisa. Portanto, o mais seguro é continuar tendo relações sexuais do jeito convencional --com proteção, claro.