Exercícios físicos reduzem quase 90% dos riscos de uma mulher ter demência
Do VivaBem
17/03/2018 13h05
A lista de benefícios da prática de atividades físicas não para de crescer. Dessa vez, um novo estudo descobriu que mulheres com bom condicionamento físico têm 88% menos riscos de serem diagnosticadas com demência no futuro.
Realizada por cientistas da Universidade de Gothenburg, na Suécia, a pesquisa analisou 191 mulheres com cerca de 50 anos. As voluntárias fizeram testes em bicicletas ergométricas para que seus condicionamentos cardiovasculares fossem avaliados. Perguntas sobre a exaustão durante os testes também foram feitas.
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Com base nos resultados, 40 mulheres foram avaliadas como extremamente condicionadas, 92 tinham o condicionamento moderado e 59 tinham baixos níveis de preparo físico.
Depois, essas voluntárias foram observadas por 44 anos. Os cientistas perceberam que, ao longo dos anos, somente 5% das mulheres que tinham alto condicionamento físico foram diagnosticadas com demência. No entanto, 25% das participantes que tinham preparo moderado desenvolveram a doença e 32% das que tinham baixos níveis de condicionamento foram diagnosticadas com a condição.
Em outras palavras, as mulheres que se exercitavam com frequência tiveram 88% menos risco de terem demência. Além disso, as voluntárias desse grupo que acabaram sendo diagnosticadas com a doença também desenvolveram a condição mais tarde do que suas companheiras que tinham um condicionamento moderado --as voluntárias em forma tiveram demência 11 anos mais tarde que as outras, para ser exato.
A demência é um termo que engloba diversas doenças neurodegenerativas que causam perda de memória e piora das funções cognitivas. Ela afeita cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Alguns fatores de risco, como tabagismo, obesidade, hipertensão e depressão, estão relacionados ao estilo de vida, o que quer dizer que algumas mudanças positivas poderiam diminuir o risco de desenvolvê-la.
De acordo com os cientistas, novos estudos deverão ser feitos para provarem o verdadeiro impacto da atividade física na prevenção da doença. Mas, com base em todos os benefícios já comprovados pela ciência, vale a pena se levantar do sofá.