Crianças comem mais "besteiras" quando estão tristes ou felizes demais
Do VivaBem
21/02/2018 14h07
Você já comeu uma barra de chocolate inteira porque estava se sentindo triste? Conhecido como fome emocional, esse tipo de impulso envolve o ato de cometer um exagero alimentar por causa de uma razão emocional, como ansiedade, angústia e até depressão.
Apesar de ser comum entre adultos, esse tipo de fome também acomete crianças e adolescentes, segundo um estudo publicado no periódico Appetite. E não só quando elas estão tristes.
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Na pesquisa, os cientistas analisaram a quantidade de alimentos ingerida por crianças de 4 a 9 anos, enquanto elas assistiam “O Rei Leão”. Cenas tristes, neutras e felizes foram escolhidas e exibidas para todos os voluntários.
Depois de estarem com as emoções alteradas, os participantes receberam dois tipos de lanche: um chocolate e um salgadinho de queijo.
Como esperado, o grupo “triste” comeu mais chocolates do que o grupo “feliz”, mas as crianças felizes também comeram mais chocolate que o grupo neutro. Além disso, os salgadinhos foram a opção mais escolhida pelo grupo neutro, seguido do grupo feliz e do triste.
Crianças aprendem a associar as emoções com a fome
“Esses resultados sugerem que as crianças comeram como uma resposta a emoções felizes e tristes, mas, claro, a tristeza mexeu mais com o hábito alimentar delas”, diz Shayla C. Holub, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e uma das autoras do estudo,
Os pesquisadores afirmam que estudos como esse podem ajudar adultos a entenderem melhor a obesidade infantil e que os pais podem ter culpa nesse hábito das crianças.
"Seu filho está chateado? Aqui está um pedaço de doce. Você está entediado? Aqui está algo para comer". Segundo Shayla, é assim que a sociedade responde aos estados emocionais da criança, que se acostuma a querer esses tipos de alimentos quando se sente de tal jeito.
Embora o comportamento possa ser modificado mais tarde na vida, é mais difícil quando os hábitos já se formaram e solidificaram. Segundo os cientistas, idades de 3 a 5 anos são cruciais, pois é quando o regulamento interno de fome dá lugar a estímulos sociais.
Se os pais compreenderem o funcionamento desses comportamentos, a obesidade estará sob controle (e longe das crianças).
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