Triste, eu e nada: quais são as palavras mais usadas por pessoas deprimidas
Do VivaBem, em São Paulo
06/02/2018 14h09
A depressão é uma doença capaz de alterar muitos aspectos da vida: desde o sono até a interação com as pessoas ao redor. E, de acordo com um estudo publicado no periódico Clinical Psychological Science, até a linguagem sofre alterações.
Os pesquisadores descobriram algumas palavras, pronomes e adjetivos que ajudam a prever se alguém sofre de depressão. Os cientistas já tentaram determinar a relação exata entre depressão e linguagem, mas os avanços da tecnologia permitiram que os métodos de análise melhorassem.
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No estudo, eles analisaram textos de 64 fóruns online sobre saúde mental, que contavam com mais de 6.400 membros. Eles identificaram que aqueles com depressão usavam uma quantidade excessiva de palavras que transmitem emoções negativas, especificamente adjetivos e advérbios --como "solitário", "triste" ou "miserável".
Os deprimidos também usam significativamente mais pronomes singulares de primeira pessoa --como "eu”-- e significativamente poucos pronomes --como "eles", "ele" ou "ela". Esse padrão sugere que as pessoas com depressão estão mais focadas em si mesmas e menos conectadas com os outros.
Os pesquisadores também identificaram o uso de "palavras absolutas", que transmitem probabilidades absolutas como "sempre", "nada" ou "completamente". Eles descobriram que elas estavam mais presentes nos fóruns do que os pronomes ou palavras de emoção negativa.
Comparado com 19 fóruns de controle diferentes, a prevalência de palavras absolutistas é aproximadamente 50% maior nos casos de ansiedade e depressão e aproximadamente 80% maior nos fóruns de ideias suicidas.
Para os autores do estudo, compreender a linguagem da depressão pode ajudar a entender a maneira como aqueles com sintomas de depressão pensam.
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