Estudo revela que bebidas alcoólicas provocam danos permanentes nas células
Do VivaBem, em São Paulo
05/01/2018 15h53
Que o álcool traz prejuízos para a saúde não é novidade... O próprio Inca (Instituto Nacional do Câncer) aponta que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de alguns tipos de câncer, como de boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama. Mas, agora, um estudo publicado na revista Nature detalhou como a bebida alcoólica traz danos permanentes ao DNA das células-tronco do sangue.
A principal diferença desse estudo é o fato de os pesquisadores terem analisado o álcool no metabolismo de cobaias. Os estudos populacionais já confirmavam a relação entre o câncer e o álcool, mas não explicavam como isso acontecia.
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Os pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge fizeram análise de cromossomo e sequenciamento de DNA em ratos que receberam altas doses de álcool.
Nos testes, eles observaram que o acetaldeído (um subproduto da metabolização do álcool no organismo) danifica as células-tronco do sangue. Tudo por que essa substância "quebra" o DNA das células e leva cromossomos a se rearranjarem aleatoriamente.
O achado é particularmente importante porque os pesquisadores observaram o dano em células-tronco, já que mutações nessas estruturas são cruciais para o desenvolvimento de tumores.
O estudo também demonstrou como o organismo das cobaias tenta se proteger contra os danos.
Os pesquisadores analisaram que enzimas chamadas de "aldeído desidrogenases (ALDH)" tentam transformar a bebida em fonte de energia, como se elas fossem um alimento.
O problema é que há pessoas que não possuem essas enzimas ou elas não funcionam corretamente. Assim, quando esses indivíduos bebem, o acetaldeído se acumula, o que aumenta o risco de danos ao DNA.
Essa deficiência na produção da ALDH é mais comum no sudeste asiático e ela faz com que os danos ao DNA chegue a ser quatro vezes maior.
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