Remédio para diabetes ajuda contra perda de memória em ratos com Alzheimer
Do VivaBem, em São Paulo
01/01/2018 17h14
Uma droga desenvolvida para o diabetes tipo 2 pode ser a nova arma contra a doença de Alzheimer, de acordo com estudo em que cientistas descobriram que o medicamento alterou significativamente a perda de memória em camundongos.
A pesquisa, publicada no periódico Brain Research, usou uma droga de receptor triplo, que atua de várias maneiras para proteger o cérebro da degeneração.
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O estudo utilizou camundongos com a doença de Alzheimer que estavam velhos e em um estado avançado de neurodegeneração. Com o uso do remédio, os animais tiveram resultados positivos em testes de labirinto, aprendizagem e formação de memória.
Além disso, houve melhora nos níveis de proteção do funcionamento de células nervosas, a redução de placas amiloides —que em excesso estão ligadas ao Alzheimer—, e a redução da inflamação e do retardo na perda de células nervosas.
Os resultados são positivos e trazem esperanças de tratamento em casos de demência, quadro que tende a crescer nos próximos anos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de pessoas que vivem com demência deve triplicar até 2050.
O responsável pelo estudo, Christian Holscher, da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, afirmou que o novo tratamento é promissor, mas que outros testes devem ser conduzidos para avaliar se ele é superior aos anteriores.
"Estamos sem novos tratamentos para o Alzheimer em quase 15 anos, precisamos de novas formas para abordar a doença. Temos que explorar se drogas desenvolvidas para outras condições beneficiam quem tem demência. Esse tipo de abordagem nos auxilia", explicou Doug Brown, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Sociedade de Alzheimer.
O diabetes tipo 2 é um fator de risco para a doença de Alzheimer e pode implicar na progressão da doença. A insulina danificada é associada a processos degenerativos cerebrais tanto no diabetes tipo 2 como no Alzheimer. Além disso, há hipóteses de que a desensibilização da insulina desempenhe um papel no desenvolvimento de distúrbios neurodegenerativos, uma vez que a insulina tem propriedades neuroprotetoras.
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