Viver com medo de ser traído pela bexiga pode ser constrangedor, irritante e dispendioso, mas hoje o mercado já dispõe de produtos feitos com a mais avançada tecnologia para os diversos públicos que enfrentam a incontinência urinária. Mais do que mudar comportamentos para esconder a condição, a condição exige que a pessoa incontinente tome as rédeas da situação, consulte um especialista e conheça as facilidades que estão ao seu alcance para ter qualidade de vida no dia a dia.
A Sociedade Brasileira de Urologia define a incontinência urinária como a perda involuntária da urina. Este problema afeta cerca de 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipec (Inteligência e Pesquisa e Consultoria). Segundo a mesma pesquisa, 69% dessas pessoas não sabem que a perda de urina, em qualquer quantidade, é considerada incontinência urinária e por isso sequer conseguem identificar pelo que estão passando.
Ao contrário do que muita gente pensa, incontinência urinária não tem a ver com os rins, mas com o sistema excretor: a pessoa simplesmente não tem domínio do mecanismo que faz com que a urina seja eliminada. Em geral, esse descontrole acontece porque os músculos ao redor do assoalho pélvico estão enfraquecidos ou porque o cérebro e a bexiga não estão se comunicando bem. Assim, embora a incontinência urinária possa acontecer com qualquer pessoa, no imaginário coletivo está quase muito associada aos idosos, que são quem em geral enfrenta mais perda muscular e alterações no sistema nervoso central.
Exatamente por isso, a incontinência urinária ainda é um tabu. "Muitas pessoas não falam que estão enfrentando essa condição nem mesmo na consulta médica porque acham que se estão perdendo urina desde jovens vão acabar usando fraldas quando velhas", revela Maria Alice Lelis, consultora da TENA desde que a marca chegou ao Brasil, há sete anos. Segundo a enfermeira especialista em incontinência urinária, o assunto é pouco falado porque está associado ao medo do envelhecimento em nossa sociedade e o paciente muitas vezes vive ignorando o problema.