Amor transformador

Quatro casais contam como seguiram juntos após um dos dois passar pela transição de gênero

Luiza Souto De Universa Arquivo pessoal

Dentro de seus relacionamentos que vão de seis a 13 anos de união, Bruna, Lidiane, Luíza e Rafaela toleraram todas as adversidades inerentes a quem escolhe levar a vida a dois. E é o amor que as ajuda a enfrentarem o maior obstáculo: a discriminação dos corpos trans das pessoas com quem escolheram compartilhar o dia a dia.

Quando começaram a namorar suas respectivas parceiras, Lucca, Nicole, Liel e Stefan ainda se identificavam com seus sexos biológicos. Mas não era daquela forma como se enxergavam e, com a cumplicidade das namoradas, fizeram a transição de gênero. Hoje têm outra identidade, outra vida. O amor prevaleceu.

Não é um caminho tranquilo de se atravessar em um país que lidera o ranking mundial de assassinatos de pessoas trans. Nos quatro primeiros meses deste ano, 54 mulheres e dois homens trans foram mortos. Em 2020, o Brasil registrou 175 mortes brutais de travestis e mulheres trans, segundo levantamento anual da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).

O medo existe, mas estamos falando do amor que transforma. Na semana em que se celebra o Dia dos Namorados, esses quatro casais contam a Universa como tem sido fazer essa travessia juntos.

Arquivo pessoal
Juliana Rogge Soares/Divulgação Juliana Rogge Soares/Divulgação

"É uma transição para os dois"

Liel Marín e Luíza estão juntos há nove anos. Ele deu inicio à transição em 2020

Juliana Rogge Soares/Divulgação. Liel e Luiza escolheram caminhar juntos com respeito e afeto

Liel Marín, videomaker, 27, de São Paulo

"Eu e Luíza faremos nove anos de namoro neste ano. Começamos na faculdade e fomos a primeira namorada* uma da outra. No começo, não havia rótulo. E com o tempo comecei a entender que não tinha atração por outros caras.

Conheci a transexualidade masculina em 2013 por meio de um vídeo no YouTube com o depoimento de um homem trans. Eu e Luíza escrevemos juntas um roteiro de um curta sobre isso. Foi quando comecei a me identificar com esse universo e conversamos pela primeira vez sobre eu me identificar como trans.

Mas, sabia que se eu transicionasse naquela época seria muito violento comigo mesmo e com ela, porque ia reforçar o lugar de masculinidade tóxica na relação, de ser lido como o macho da relação.

Naquela mesma época, também conheci o feminismo e foi o momento em que descobri que poderia ser uma lésbica não feminina. Até então achava que me feminilizar era uma obrigação. Pensei: 'Eram só as roupas?'. Então arrumei as roupas. 'Era a depilação?'. Não me depilo mais.

E fui fazendo tudo o que queria. Montei uma banda, voltei a lutar caratê. Eu pensava: 'Estou fazendo coisas sem precisar transicionar'.

Mas, depois de seis anos, continuei querendo a transição. E no início da pandemia levei isso mais a fundo para a terapia. Fiquei mal e não queria falar para a Luíza. Tinha medo de como ela ia encarar e achava que perderia todas as minhas relações, como o namoro e minhas amigas lésbicas. Mas não tinha como fugir mais e comecei a lidar com isso.

Vários homens trans querem apagar o passado, mas quis construir uma narrativa diferente. Escolhi o nome Liel Marín porque sou leal à Marina*. Não vou passar uma borracha no meu passado.

As pessoas falam desse lugar da namorada da pessoa trans como se ela fosse uma heroína.

A Luíza não está fazendo caridade. É um desafio gigantesco.

Não dá para saber se vai existir atração daqui a algum tempo, por isso seguiremos juntos e sendo sinceros, respeitando tudo o que construímos e conversando muito."

*Seu nome antigo; ele usa o pronome feminino quando fala do passado

Juliana Rogge Soares/Divulgação. Luíza: "Fui treinando a mente para entender que a gente está vivendo o hoje"

Luíza F., 27 anos, de São Paulo

"Sempre tive muitas dores em relação à minha sexualidade quando era adolescente, porque apenas conhecia a heterossexualidade. Não conseguia me imaginar com um homem e isso me trouxe um auto-ódio. Achava que tinha alguma doença, que havia algo errado comigo.

Até descobrir que podia me relacionar só com mulheres e não havia nada de errado nisso. Ao contrário, tinha um nome: ser lésbica. E me assumir uma mulher lésbica tendo a meu lado a então Marina me fez conseguir, finalmente, existir em paz.

Estava tudo bem ter uma relação entre duas mulheres, sem hierarquia social, sem jogos de poder, sem a estrutura de uma relação hétero, até que a pessoa que amo e se identificava como mulher lésbica, me disse que era pessoa transmasculina.

Foi um baque para mim, porque eu me via segura e completa no lugar de mulher lésbica, em uma relação entre duas mulheres. O que essa mudança tão grande iria fazer comigo e com esse lugar que tinha encontrado?

Dizem que quando uma pessoa transiciona, todo mundo em volta acaba transicionando junto.

Quando ele falou em transicionar, já pensei nele de barba, com músculo, voz grossa. Rosto e corpo de homem. Tem gente que muda muito rápido depois que começa a tomar hormônios. E, além de tudo isso, ainda tinha a pandemia rolando. Eu estava um caco emocional.

Eu não sabia o que fazer. Eu o amo muito, disso eu tenho certeza. Mas a gente estava fazendo muito mal um ao outro e decidimos morar separados por umas semanas, esfriar a cabeça. E foi bom porque foi um tempo em que precisava olhar para mim.

Fui treinando minha mente para entender que a gente está vivendo o hoje. A cada dia ele muda um pouquinho, e vou entendendo como eu me sinto em relação a isso.

Hoje o Liel está assim e ele é a pessoa que amo. O que está sendo difícil é me denominar uma mulher lésbica. Será que posso? Será que estou anulando a existência dele por isso? Mas também não posso anular a minha. O que escolhemos foi caminhar juntos com respeito e afeto, muito abertos a todos os sentimentos e questionamentos que vão surgindo."

Juliana Rogge Soares/Divulgação Juliana Rogge Soares/Divulgação

As pessoas falam desse lugar da namorada da pessoa trans como se ela fosse uma heroína

Liel Marín

@luccanajar @luccanajar

"O caminho mais simples é o do respeito"

Lucca e Bruna estão juntos há seis anos. Ele deu início à transição meses após o início do relacionamento

Reprodução/Instagram @luccanajar. Lucca (esq) e Bruna dizem que ambas as famílias acolheram o casal desde o início

Lucca Najar, 30, criador de conteúdo, de Belo Horizonte (MG)

"A parte mais difícil da transição foi a de me entender, porque sempre tive muito preconceito comigo mesmo. Pensava: 'Tudo bem ser lésbica, mas não posso parecer um menino'. Tinha medo de gostar do meu lado masculino e me reprimi. Mas também não gostava de dizer que era lésbica, porque, de certa, forma, não pertencia àquele lugar. E tive que desconstruir tudo isso.

Conheci algumas pessoas trans e, conversando com elas, me identifiquei e tive a certeza de que também era uma. A primeira pessoa para quem pensei em contar foi a Bruna. Como ela se colocava como lésbica, se ela quisesse ir embora, entenderia e seguiria com a minha vida.

Eu e Bruna sempre tivemos um relacionamento muito sincero e conversamos sobre tudo.

Temos objetivos e sonhos em comum, trabalhamos juntos e respeitamos a nossa individualidade. Isso faz parte de um relacionamento tranquilo e saudável.

Minha história é essa. Eu me entendi trans, minha família aceitou, estou com minha namorada. Hoje nem falo mais só sobre isso. Sou cineasta, posso contribuir com outros temas. Pessoas trans falam sobre qualquer coisa.

Sou muito grato por quem fui no passado, fui muito forte. Sofri umas coisas por me vestir de forma muito masculina, não tinha muitos colegas. Então tudo isso fez com que hoje, enquanto um homem trans, conseguisse lidar com algumas questões. E que bom que consegui passar por tudo isso de forma tranquila."

Reprodução/Instagram @luccanajar. Bruna (dir) diz que não passou pela sua cabeça terminar o namoro por Lucca ser um homem

Bruna Pimenta, 26, criadora de conteúdo, de Belo Horizonte (MG)

"Estamos juntos há seis anos e o Lucca se assumiu um homem trans poucos meses após a gente começar o relacionamento.

Eu tinha saído do armário havia dois anos. Naquela época, estava me conectando com várias pautas, como a das pessoas negras, porque estava fazendo transição capilar, e também a feminista e a lésbica. Eu me apresentava para alguém e falava: 'Oi, tudo bem? Sapatão'.

Mas quando o Lucca falou que era trans, não passou pela minha cabeça terminar o namoro por ele ser um cara. Para mim, estava claro que a gente se gostava e era aquilo. A gente percebeu que o caminho mais simples para o nosso relacionamento era o de se respeitar.

As pessoas perguntaram: 'Mas e quando o Lucca tiver barba?'. Tudo é um processo. Surgiu um pelo, outro, e agora ele tem a barba cheia. Fomos racionalizando a coisa por meio da cumplicidade.

Não queríamos nos cobrar por nada, e eu não iria me propor a repensar minha sexualidade, porque não era uma questão.

Mas, para quem vive a mesma situação, a gente sempre diz que o importante é que os dois conversem e se perguntem qual é o limite de cada um.

Em alguns momentos, o que pesou foi a transfobia. Muitas vezes ele foi deslegitimado, principalmente no início da transição, quando o Lucca ainda não havia tomado hormônio, já tinha o nome social e as pessoas não respeitavam. E briguei por causa disso.

Hoje, percebo a fluidez da minha sexualidade, e me reconheço como mulher pansexual."

@transboylife_ @transboylife_

"Tem que ter diálogo até se tornar algo natural"

Stefan e Rafaela estão juntos há 8 anos. Ele se identificou como uma pessoa trans há 5

Reprodução/Instagram @transboylife_. Stefan (esq.) e Rafa moram juntos há três anos

Stefan Costa, 25 anos, criador de conteúdo, de Duque de Caxias (RJ)

"Eu e Rafa estudamos no mesmo colégio.Eu era muito tímido para chegar numa pessoa e fiquei quase seis meses olhando para ela, observando, vendo se tinha namorado. Naquela época, há oito anos, eu me identificava como uma menina lésbica.

Mas desde sempre soube que era um menino, e aquilo ficava bem guardadinho dentro de mim. Até que alguém muito próximo morreu e me fez pensar que só temos uma vida, e eu precisava tomar algumas atitudes. Falei: 'É agora ou nunca' e decidi passar pela transição de gênero.

Nós estávamos juntos havia cinco anos e fui introduzindo a conversa aos poucos. Todos os dias dava uma indicação para saber como ela reagiria. Até que um dia falei: 'É isso. Se não quiser, nosso relacionamento vai ter um prazo de validade'. E fomos conversando até se tornar natural.

Tive medos porque ela é totalmente diferente de mim. São oito anos de relacionamento. A gente cresceu e foi descobrindo o mundo junto.

Conversamos por um período longo. Não foi uma aceitação de um dia para o outro.

Querendo ou não, o corpo muda totalmente. O corpo que ela conheceu há oito anos agora é masculinizado.

Penso que se ela não gostasse de homem, não sentiria desejo por mim, independentemente da genitália. Por isso tem que ter conversa, com muito cuidado, para cada um saber dos seus desejos."

Reprodução/Instagram @transboylife_. Rafa (dir) diz que Stefan está na sua melhor fase

Rafaela Cardoso, 26, vendedora, de Duque de Caxias (RJ)

"Quando começamos a namorar, não havia conversa sobre a transição. Ela aconteceu após cinco anos, logo depois que assumimos o namoro para minha família. Para mim, foi natural e dei muito apoio a ele.

Fiquei muito receosa porque não tinha conhecimento sobre o tema e ficava preocupada com o que poderia acontecer com ele por causa dos hormônios, mas era falta de informação. Ele me ajudou a crescer, saí da caixinha em que fui criada e hoje tenho a mente aberta.

Também fiquei com bastante medo de não gostar do Stefan, mas nunca me liguei num rótulo quanto a minha sexualidade.

E foi tudo acontecendo tão devagar que nem consigo mais lembrar como ele era antes. Hoje, para mim, ele está na sua melhor fase.

Minha família é muito religiosa, e escondi meu namoro com o Stefan por cinco anos. Meus pais até hoje não nos aceitam, infelizmente. O Stefan merece tanto ter uma família, um sogro, uma sogra que recebesse ele em casa para um almoço, mas infelizmente vou ficar devendo.

Eu sempre fui muito família. Tentei encaixar o Stefan na minha rotina, levando ele para a igreja, mas ouvia que iria para o inferno. Ele me tirou daquele círculo e me apresentou um mundo que não conhecia, e fui muito mais feliz.

Foi como descobri que era amor: ao perceber que não me importava com o que meus pais achavam. Eu sabia que ia sofrer por um lado, mas passaria por cima de tudo para ficar com ele."

Reprodução @nicolemartinelli.m. Lidiane (esq) e Nicole têm um filho, Bryan, de 6 anos Reprodução @nicolemartinelli.m. Lidiane (esq) e Nicole têm um filho, Bryan, de 6 anos

"Casamos de novo e nosso filho agora tem duas mães"

Nicole e Lidiane estão juntas há 13 anos, e Nicole deu início à transição há seis

Reprodução/Instagram @nicolemartinelli.m. Lidiane (esq) e Nicole têm um filho de 6 anos

Nicole Martinelli Maia, 32 anos, fotógrafa, de Vila Velha (ES)

"Nunca entendi o que passava comigo quando criança. Uma vez, comentei com minha mãe que estava em dúvida sobre ser gay. Ela perguntou se eu gostava de mulher e como eu disse que sim, ela respondeu que eu era um homem 'e acabou!'.

Continuei tocando a vida, vivendo um personagem masculino com o qual não me sentia feliz.

Sempre me esforcei muito para conseguir ter a aparência que a sociedade dizia que eu tinha que ter. Fiz academia e tomei muitas vitaminas e suplementos para ganhar músculo. Passei anos da minha vida fazendo a vontade dos outros e tive depressão.

Foi o nascimento do nosso filho, há seis anos, que me fez acordar, querer ter a minha vida. Já tinha 25 anos e não dependia mais de ninguém, era independente. Comecei a pesquisar sobre pessoas trans, e os bloquinhos foram se encaixando na minha cabeça.

Ficamos seis meses conversando sobre a transição, porque ela tinha um casamento hétero. E se a Lidi quisesse seguir a vida dela, essa escolha era dela.

Falei: 'Eu te amo, mas não quero que você fique comigo sendo quem eu era'. Mas nossa vontade era continuarmos juntas, e ela se tornou uma pessoa lésbica.

Procurei uma psicóloga, um endocrinologista, participei de grupos de ajuda. E passei a fazer o tratamento hormonal.

Excluí meu Facebook antigo, criei um novo e mandei para as pessoas que eu conhecia um texto explicando minha decisão. Deixei claro para cada um que, se não fosse para me compreender, que era para fingir que não me conhecia. E que, se não me respeitassem, entraria com um processo. Algumas pessoas realmente fingem que não me conhecem.

Tive muito medo de sair sozinha na rua. No início da transição, chamava a Lidiane para me acompanhar sempre. Só saí sozinha quase dois anos após começar a hormonização, porque estava com muita passibilidade [quando a pessoa já tem características físicas do gênero com o qual se identifica].

Mesmo que a gente viesse a se separar, não sei se aguentaria passar por tudo isso sozinha. O companheirismo dela foi fundamental. Quando saía com ela, me sentia protegida

Em 2020, ela me perguntou: 'Quer casar comigo de novo?'. Pensei por uns quatro dias até tomar a decisão. Nos casamos como homem e mulher em 2009 e, no ano passado, selamos essa nova fase das nossas vidas.

Nunca tinha imaginado usar um vestido de noiva, foi mágico."

Reprodução/Instagram @nicolemartinelli.m. Lidiane (esq) e Nicole se casaram duas vezes

Lidiane Maia Martinelli, fotógrafa, 32 anos, de Vila Velha (ES)

"Estamos completando 13 anos juntas. Foi meu primeiro namoro e será para sempre.

Quando a gente se conheceu, percebemos muitas coisas em comum como gostar de maquiagem, de lápis de olho. E ela era apaixonada pelas minhas roupas, amava um vestido, uma renda, ficava deslumbrada. Mas até então não notamos nada.

O nascimento do nosso filho, Bryan, foi o estopim. Ele tinha seis meses de vida quando a Nicole falou que não estava feliz com o corpo que tinha, e minha cabeça deu um nó. Falava que tinha nojo do próprio corpo, e eu não entendia.

Cheguei a procurar psicólogos, mas, infelizmente, alguns demoraram a entender, outros falaram que era mais fácil me separar. Mas não era o que eu queria.

Eu poderia ter terminado, mas é um amor muito forte, de alma, que não tem como descrever. Foi um trabalho aprender a falar o nome e passar por tudo isso.

Olhava para ela e não via uma mulher. E Bryan era bebê. Pensei no futuro, na escola dele, no mundo preconceituoso.

Algumas pessoas falaram que ela estava sendo egoísta comigo, pensando somente nela. Mas foi uma escolha. E escolhemos estar juntas.

Fomos conversando, ela foi me mostrando sugestões de nomes franceses, pedia minha opinião, e decidimos por Nicole. Nada em relação à sexualidade mudou. E nosso amor, carinho e afeto permaneceram.

Mas muitos amigos se afastaram da gente. Foi uma fase difícil. A gente ia ao shopping com a criança, e todo mundo olhava. Tínhamos muito medo e sentíamos aquela energia pesada. Fotografava muitos casamento, famílias, e os clientes sumiram quando souberam.

Houve um período em que ficamos muito trancadas, com medo de julgamentos.

Nosso filho está com seis anos. Ele é um amor. Crianças são puras, nem tentam compreender. Para ele, sempre fomos duas mamães, apesar de saber da verdade, porque já viu fotos antigas. Na escola, a professora dele é psicóloga e foi maravilhosa nesse processo.

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A ideia de um novo casamento veio quando descobri um concurso em que o casal com a melhor história ganharia uma cerimônia. Gravamos um vídeo e assim renovamos os nossos votos.

Foi muito simbólico. A Nicole chorou horrores. Foi muito importante para ela, principalmente porque, na primeira vez, nos casamos somente no cartório.

O diálogo e a resiliência fazem parte do relacionamento. Mesmo que a escolha fosse não estarmos mais juntas, o amor prevalece."

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