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Como Bianca Andrade, quais os cuidados ao fazer ménage com amigos?

A influencer Bianca Andrade, a Boca Rosa Imagem: Reprodução Instagram @bianca

Mariana Toledo

Colaboração para Universa, de São Paulo

23/06/2022 04h00

Nessa terça-feira (21), a digital influencer Bianca Andrade, a Boca Rosa, disse ter feito ménage com um casal de amigos, Marina Ferrari, ex-integrante de "A Fazenda", e seu então namorado, o influenciador Gabriel Roncatti, em 2018. A revelação foi feita durante sua participação no "PocCast", de Rafa Uccman e Lucas Guedes.

Fantasia sexual de muita gente, transformar o desejo do sexo a três em uma experiência real, como Bianca, requer alguns cuidados. Especialistas adiantam que a decisão não deve ser tomada por impulso; é algo que precisa ser conversado antes entre todos os envolvidos.

"O primeiro passo é ter certeza de por que você quer fazer isso -quais são os objetivos e as expectativas. Isso ajuda a evitar frustrações depois, especialmente pelo lado emocional", aponta Julia Cepeda, psicóloga e sexóloga.

"Um ménage entre amigos pode ser uma experiência deliciosa, são pessoas que se curtem afetivamente e se acham atraentes. Mas é preciso entender qual a situação atual de cada um: se alguém está em um relacionamento, se uma das partes está envolvida emocionalmente? É importante para evitar futuros conflitos", alerta Mari Williams, educadora sexual.

A especialista acrescenta que o diálogo é fundamental para que as coisas não fiquem estranhas depois. "Um bom jeito de evitar que a amizade mude é conversar. Não precisa ser logo depois que acaba, mas uns dias depois, entender como cada um está se sentindo".

Antes, durante, depois

No caso do ménage entre amigos, a sexóloga Julia afirma que o caminho é tratar o assunto com naturalidade. "Se for algo planejado, vale marcar um encontro antes, para conversarem sobre as expectativas e os limites, e no pós, para dividirem as experiências. Isso ajuda a evitar uma possível estranheza lá na frente. Se não rolar essa conversa prévia -afinal, o lance pode acontecer de forma espontânea, como parece ter sido com a Bianca-, o jeito é guiar as coisas na hora. É importante ir entendendo os gostos de cada um. Vale indicar os caminhos, elogiar, falar o que curte e o que não agrada."

A psicóloga também destaca: é importante estarem cientes das consequências. "Momentos de prazer trazem sentimentos à tona e, muitas vezes, eles não são controlados. É necessário muito controle emocional para entender que aquilo será só sexo -ou, se não for, saber que outras coisas podem surgir.

Todos os envolvidos podem desenvolver emoções específicas depois do ato sexual. Como não controlamos o sentimento do outro, a amizade pode ficar abalada, sim. Não é legal fingir que nada aconteceu.

Tem que falar, entender o que rolou. Até porque, se quiserem de novo, saberem avaliar se é pelo prazer ou pelo sentimento".

Outra questão que pode surgir é que as duas outras pessoas podem se gostar mais -e aí você fica de fora das próximas. Tudo faz parte do jogo. Por isso, o ideal é manter esse controle emocional para se jogar.

E se eu me envolver?

Julia ressalta que é normal que sentimentos aflorem, já que aquilo que mexe com o prazer mexe com os sentimentos: "Se você sente prazer, você cria algo emocional, para o bem ou para o mal. Se for um carinho, uma adoração, a própria amizade, é saudável. Mas se virar uma paixão e não for correspondida, talvez seja o caso de trabalhar esse controle emocional na terapia. Até para entender o que fazer se surgir a oportunidade do ménage outra vez".

Dois + um

É comum que casais procurem uma terceira pessoa para terem uma nova experiência ou apimentarem a vida sexual, por exemplo. Aí é importante tomar cuidados extras. Cecília Oliveira, sexóloga e consultora em saúde e educação sexual, pontua: "A primeira coisa é questionar se você realmente quer -e isso é algo muito particular. O que não pode acontecer é topar por pressão, no sentido de querer agradar o outro, ou então como uma busca por salvar o relacionamento. Não é o ménage que vai salvar -até porque envolve uma terceira pessoa que nada tem a ver com isso. Para rolar, o casal tem que estar seguro com a decisão, sentindo um verdadeiro desejo de realizar aquilo juntos".

Cecília acrescenta que tudo deve ser acordado antes. "Os dois têm que decidir juntos quem será a terceira pessoa -se for amigo do casal, é alguém com quem conseguirão manter a amizade depois? Também é legal falar sobre como esperam que seja, as fantasias? E vale ouvir a terceira pessoa para ela não se sinta um 'objeto' - ela também tem autonomia e vontades próprias."

E não é só preparar o momento de excitação, o casal precisa pensar no depois -se vai existir ciúme, se pode fragilizar a relação. "E acima de tudo, tem que haver respeito. Se alguém se sentir inseguro na hora, é um sinal de alerta para dar um passo para trás", conclui.

Mari ainda dá a dica: o casal estabelecer uma palavra de segurança caso alguém queira parar. "Muitas vezes, é difícil expressar o que estamos sentindo na hora. Com a da palavra de segurança os dois vão entender que aquilo significa 'não estou bem e quero parar'".

Camisinha sempre!

Por fim, todas as especialistas ressaltam a importância do uso de preservativos a fim de evitar possíveis contaminações e gravidez. "A camisinha tem que ser trocada constantemente: quando mudar a pessoa a ser penetrada, quando for trocar do sexo vaginal para o anal? É uma camisinha para cada troca. Se for usar vibradores, eles também devem ser protegidos com os preservativos", enfatiza Cecília.

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