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'Reage, bota um cropped': por que peça virou símbolo de autoestima? Entenda

Juliette usa um modelo de cropped corset; famosa está entre as que aderiram à "peça da autoestima" Imagem: Reprodução/Instagram

Nathália Geraldo

De Universa

18/01/2022 04h00

Usar cropped e deixar a barriga de fora ou fazer uma composição com uma peça de cintura alta, quem diria, virou sinônimo de palavras de incentivo na internet. Reparou? A frase "Reage, bota um cropped" ganhou as redes sociais nas últimas semanas.

Vale para tudo: está desanimada com a carreira? Bota um cropped. Acordou com preguiça? Bota um cropped. Ansiosa pelo futuro do país? Sim, é essa roupa que você precisa vestir para se sentir melhor.

Não se sabe como a frase virou algo que todo mundo usa. Mas, para além do meme, a moda influencia a nossa autoestima. Por essa razão, Universa quis saber se isso faz sentido: perguntamos à consultora de moda e especialista em lingerie Nathalia Batista e a mulheres que usam a blusinha mais curta sobre como o look pode ter a ver com autoconfiança.

Ao final da reportagem, também separamos algumas fotos de famosas que escolheram um cropped para chamar de seu, para você se inspirar.

Roupa e autoestima: por que 'reage, bota um cropped' viralizou?

Carol Buratto, influenciadora digital, se sente livre ao usar a peça Imagem: Reprodução/Instagram

Adepta do cropped para "sentir liberdade", a influenciadora digital Carol Buratto, de Belo Horizonte, diz que a peça a ajudou a se desligar das pressões estéticas que sofre por ter um corpo fora do padrão imposto pela publicidade, mídia e, agora, nas redes sociais.

"Ainda que tenha algumas neuras com meu corpo às vezes, nunca abandono meu estilo. É um dos jeitos que encontrei de me desligar um pouco desse padrão. Eu quero, eu gosto, eu uso. E me sinto bem demais, sem pensar no olhar nos outros."

Ligada a uma área comportamental, a forma de se vestir tem um impacto grande na autoestima de muitas mulheres, conta a consultora de moda. Essa percepção ganhou força quando dois psicólogos da Universidade Northwestern, dos EUA, cunharam o termo "cognição indumentária" em um estudo de 2012 para explicar como a roupa que usamos tem interferência sistemática nos processos psicológicos de cada um.

"A roupa faz diferença, e eles provaram ao colocar alguns participantes da pesquisa usando um jaleco de cientista para fazer alguns experimentos e outros, sem o jaleco. Os que estavam usando a peça tiveram resultados melhores, porque 'se sentiram' cientistas", revela.

Cropped, saia e jaqueta de couro: o poder das roupas

Para a consultora de moda, encontrar o próprio estilo e looks que sejam confortáveis, além de realizar rituais de beleza e cuidado com o corpo, tem, sim, relação com sensações como autoconfiança e poder. Há elementos, explica, que relacionam o bem-estar com a forma como nos vemos no espelho. Mas não é só isso que interfere na autoestima.

"É claro que colocar um cropped não resolve tudo. Mas pode melhorar, porque o exterior tem relação com o interior, temos reações a isso", contextualiza. "E o cropped é uma peça que está associada a ter segurança, liberdade, juventude, assim como a minissaia e a jaqueta de couro. Como durante muito tempo foi visto que só usa ele quem está segura de si, há essa representação".

Corpos diferentes, mesma referência

Não é em vão que o "reage, bota um cropped" virou bordão entre os mais jovens e na internet.

"A nova geração de mulheres muda muito a forma de se inspirar, é mais rebelde e consome com rapidez o que vem de fast fashion", detalha Nathalia, explicando que o comportamento e a moda também são lugares para contemplar corpos diferentes e romper padrões estéticos.

Elas estão usando: se inspire nas famosas para escolher seu estilo

Anitta

Bruna Marquezine

Juliette

Gaby Amarantos

Majur

Tássia Reis

Maísa

Fluvia Lacerda

Agnes Nunes

Ludmilla

Fernanda Paes Leme

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