"Me sinto no dever de transmitir autoestima para outras meninas", diz Iza
Mariana Gonzalez
Da Universa, em São Paulo
10/01/2019 17h53
Iza se descobriu negra aos 6 anos de idade e, de lá para cá, enfrentou o racismo, a baixa autoestima na adolescência e uma transição capilar aos 20.
Aos 28 anos, depois de emplacar hits como "Pesadão" e "Dona de Mim", ela "encheu o saco" de tentar agradar os outros, se sente "muito bem" consigo e quer ajudar outras meninas negras a passar pelo menos processo.
"Me sinto no dever de transmitir isso para outras meninas porque eu sei o que é viver levando em consideração aquilo que a sociedade diz que é bonito. É importante passar essa mensagem adiante e desconstruir isso na cabeça das mais jovens", disse, em entrevista à Universa.
Agora, Iza posa ao lado de Claudia Leitte para as lentes do fotógrafo Jacques Dequekera na nova campanha da Plié Lingerie, que está lançando a cor Cacau para alcançar diferentes tons de pele negra.
"Todas as marcas deveriam se preocupar com diversidade", defendeu a cantora. "Cada uma tem um corpo diferente, uma cor diferente, um jeito de se vestir próprio".
Apesar de ter construído sua autoestima e se relacionar de forma positiva com o próprio corpo, a cantora lembra que ainda falta muito para que todas as mulheres se sintam da mesma forma.
"O objetivo é fazer com que todas se sintam incluídas e representadas. É muito importante quando uma marca de lingerie ou maquiagem, por exemplo, pensa não só no que tá na moda, mas no conforto e nas peculiaridades de cada mulher", acredita.