Saiba mais sobre peeling e entenda qual tipo é indicado para sua pele
Thais Varela
Colaboração Universa
03/04/2018 04h00
"Peeling é um procedimento que provoca a descamação na pele para induzir a renovação celular. A técnica pode ser aplicada por um meio físico, quando uma esfoliação é feita por aparelhos ou substâncias abrasivas, ou químico, quando um ácido é usado" explica a dermatologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Denise Steiner.
Você já pensou em fazer o tratamento, mas quer saber mais sobre os efeitos colaterais --ardência, pele descamando e incômodo e se o procedimento só pode ser feito no inverno? Então essa é a hora de desvendar os mitos sobre o peeling e tirar todas as suas dúvidas sobre as diferentes versões em que ele é oferecido --e quando cada uma delas é indicada.
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Quando fazer
A lista de casos para os quais o procedimento é indicado é longa, alguns dos mais comuns são: manchas de sol, marcas e cicatrizes de espinhas, rugas leves e profundas, diminuir os poros e flacidez da pele.
Grau da ação
Os peelings podem ser classificados entre superficiais, médios e profundos, de acordo com o nível de profundidade que eles atingem nas camadas da pele.
Para melhorar o aspecto da pele e diminuir os poros, por exemplo, o procedimento superficial é o indicado, já para cicatrizes de acne, em geral, um peeling de nível médio é usado. O profundo é mais invasivo e é feito em peles com altos sinais de envelhecimento.
Qual o indicado para:
Melhorar a aparência
Peeling de cristal: conhecido por deixar a pele linda e sem sofrimento, esse procedimento é considerado superficial e é feito pelo meio físico, no qual um aparelho aplica pequenos grânulos de óxido de alumínio para esfoliar a pele.
O resultado são poros mais fechados, diminuição da oleosidade e uma textura uniforme e matificada. Aqui, quase não acontece descamação da pele e vermelhidão após o procedimento.
Laser: uma das grandes novidades do mercado de beleza é o peeling a laser. Atraído pela água presente na pele, ele solta sua energia por meio de luz e vaporiza a região, causando a renovação celular. Sua intensidade depende do efeito desejado e ele pode ser superficial ou profundo.
A técnica é usada para tratar poros abertos, trazer um efeito matificado para a pele e no clareamento de manchas. "Por não ser tão agressivo como um peeling químico, ele é indicado para peles mais sensíveis", explica o Dr. Luis Eduardo Vila Pascoal, dermatologista da clínica Mais Excelência Médica
Manchas
Peeling de ácido glicólico e mandélico: ambos os ácidos promovem uma descamação maior na pele e clareiam manchas. São considerados de superficial à média penetração e exigem cuidados mais atentos após aplicação.
Marcas e cicatrizes de espinha
Peeling de ácido salicílico: esse procedimento é considerado leve e ajuda a secar acne ativa, diminuir pequenas marcas de espinhas e fechar os poros.
Peeling de solução de jessner e tretinoína: a combinação é indicada para peles acneicas, pois ela age nas cicatrizes e marcas de espinhas e ajuda a controlar a oleosidade. Provoca leve descamação.
Rugas e flacidez
Peeling de ácido retinóico: derivado da vitamina A, ele é um conhecido ativo para tratar o envelhecimento. O procedimento estimula a troca da pele e ajuda a aumentar a irrigação e produção de colágeno na área. Provoca leve descamação e é considerado de superficial a médio.
Peeling de fenol: de ação química forte, ele é considerado profundo dependendo do volume de substância usado na aplicação. Indicado para peles com rugas bastante marcadas, ele causa descamação intensa e a recuperação é complexa e exige muito cuidado.
Os procedimentos são inúmeros mas, na hora de escolher qual fazer, é essencial procurar um dermatologista e estudar com o profissional as melhores opções para tratar as suas queixas.
Inverno ou verão?
"É possível fazer peeling no verão, porém apenas as versões superficiais do tratamento são indicadas e a proteção solar precisa ser feita com atenção. Os procedimentos médios e profundos devem ser feitos preferencialmente durante o inverno por exigirem a proteção ao sol por mais tempo", explica o dr. Luis Eduardo Vila Pascoal.
Cuidados após o procedimento
A proteção solar é fundamental, pois, enquanto a troca da pele acontece, a barreira de proteção fica mais fina e, por isso, mais vulnerável. Use filtro solar com fator 50 ou 60 e prefira produtos com um pouco de cor. Repasse a proteção pelo menos três vezes ao dia.
A hidratação da pele também é necessária, por isso o uso de hidratante de duas a três vezes ao dia é indicado. "Colocar compressas frias e borrifar água termal também ajudam a aliviar incômodos e ardência na recuperação de peelings mais profundos", aconselha a esteticista Amanda Almeida, da clínica Karina Gilio.