Para ser 'Uber o bastante' é preciso ser homem, alega mulher
Robert Burnson
da Bloomberg
30/01/2018 09h36
A Uber Technologies não conseguiu convencer um juiz a limitar a exposição financeira da empresa em uma ação judicial aberta nos EUA por uma mulher que afirma ter sido deixada de lado na disputa por um trabalho de tempo integral — que já exercia como contratada — por não ser "Uber o bastante".
Ilana Diamond processou a gigante do ramo de caronas compartilhadas por discriminação de gênero em outubro, afirmando que foi substituída como gerente de marca em exercício por um homem com experiência significativamente menor.
Veja também
- Uber procura uma mulher para ser sua CEO e chega a nomes de três homens
- Igualdade entre homem e mulher no mercado de trabalho pode demorar 217 anos
- Igualdade entre homem e mulher pode agregar US$ 28 trilhões ao PIB até 2025
Ao confrontar um supervisor em um evento de confraternização sobre o motivo de não ter conseguido o emprego, ouviu que não era "Uber o bastante", segundo a queixa dela. Ela foi adiante e questionou qual qualidade de seu substituto o tornava mais Uber. "Ele é homem", afirmou o supervisor, segundo a queixa.
O juiz do Tribunal Superior de São Francisco Harold Kahn emitiu uma decisão provisória na sexta-feira negando o pedido da Uber de limitar a possível indenização por danos aos salários perdidos por Diamond. Kahn disse que o caso pode revelar evidências de malícia ou opressão que justificariam o pedido da Diamond de danos punitivos.