Marca de Huck é acusada de racismo ao pendurar manequins negros pelos pés
Do UOL, em São Paulo
02/02/2016 15h49
Com o apresentador Luciano Huck como sócio, a marca carioca Reserva se tornou, nesta segunda-feira (1), alvo de acusações de racismo por causa da vitrine de uma das lojas em shopping Riosul, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ). Internautas acharam ofensivo o fato de manequins negros estarem pendurados pelos pés.
Reserva. Sempre um mau gosto pra montar vitrines e mandar
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mensagens.
Publicado por Douglas Soares em Segunda, 1 de fevereiro de 2016
"Reserva. Sempre um mau gosto para montar vitrines e passar mensagens", escreveu Douglas Soares na noite desta segunda. "Práticas de tortura e racismo em pleno shopping. E não sou só eu que está falando. Eu nem tinha reparado na vitrine até uma senhorinha negra passar ao meu lado e falar para si mesma: 'que horror!'", comentou o internauta no post que já teve 90 compartilhamentos.
A assessoria de imprensa da Reserva disse ao UOL que os manequins, tradicionalmente pintados de preto e vermelho seguindo toda a identidade visual da grife, são pendurados pelos pés nos períodos de liquidações. "A marca transforma o visual da loja, incluindo o letreiro da fachada e peças expostas, não havendo qualquer intenção ou traço de racismo na estratégia de marketing", diz o comunicado oficial liberado pelo grupo. A Reserva também disse que o "compromisso com a igualdade de gêneros e raça é uma das bandeiras que carregamos com afinco".
Esta não é a primeira vez que a grife carioca é centro de polêmicas envolvendo preconceito. Em abril do ano passado, a marca colocou manequins com cabeças de veado e macaco e os dizeres "O preconceito está na sua cabeça". A campanha foi acusada, na época, de desmerecer militância de negros e gays. Em outro caso, a UseHuck, etiqueta parte do Grupo Reserva, lançou a ação "Somos Todos Macacos", que também foi muito mal vista pela comunidade negra.