Cofundador da Guess deixará cargo após acusações de assédio sexual
O cofundador e até agora chefe executivo da marca Guess, Paul Marciano, pediu demissão nesta quarta-feira (13) devido a acusações de assédio sexual, informou a imprensa americana.
A empresa fez uma investigação interna sobre casos de assédio cometido pelo executivo. Com a renúncia, Paul deixa o posto ao irmão Maurice. Apesar da decisão, ele ficará na companhia e receberá salário até o fim do seu contrato, que acontece em janeiro do ano que vem.
Veja também
- Robô entrega pílulas abortivas em manifestação na Irlanda
- Arábia Saudita criará centros de detenção para infratoras ao volante
- Prostitutas de Bruxelas fazem greve após assassinato de colega
Em fevereiro, ele se afastou das atividades temporariamente e deixou de receber, enquanto a empresa fazia as investigações.
No final de janeiro, a atriz Kate Upton disse que tinha sido assediada sexualmente pelo executivo, acusações que foram negadas por ele.
"É decepcionante que uma marca feminina icônica como a Guess ainda esteja mantendo Paul Marciano como diretor criativo #metoo", escreveu ela em um tweet.
Após a investigação, a empresa reconheceu que Paul "se posicionou em contextos nos quais estas alegações puderam acontecer e aconteceram", mas ressaltou que não foi possível chegar a uma conclusão, porque algumas pessoas envolvidas não quiseram participar.
De acordo a imprensa americana, a empresa alcançou acordos indenizatórios com cinco pessoas, por um total de US$ 500 mil, para resolver as acusações. As pesquisas são fruto de conversas com 40 pessoas e da revisão de 1,5 milhão de páginas de documentos, de acordo com a Guess, companhia fundada pelos irmãos Armand, Georges, Maurice e Paul Marciano, em 1981.