Papa pede para dioceses acolherem casais que moram juntos
da ANSA, na Cidade do Vaticano
28/09/2018 09h30
Em mais um gesto para aproximar os jovens da Igreja Católica, o papa Francisco pediu nesta quinta-feira (27) que a pastoral da família acolha também todos os casais que escolheram morar juntos e não firmarem o matrimônio religioso.
"O horizonte da pastoral familiar diocesana seja sempre mais amplo, assumindo o estilo próprio do Evangelho, encontrando e acolhendo também aqueles jovens que escolhem conviver sem se casar. É preciso testemunhar a eles a beleza do matrimônio!", ressaltou o Pontífice.
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A declaração do líder da Igreja Católica foi dada a cerca de 850 participantes do curso de formação sobre matrimônio e família promovido pela diocese de Roma e pelo Tribunal da Rota Romana na Basílica de São João de Latrão.
O evento contou com a presença de párocos, agentes da pastoral da família, casais e diáconos. "O casamento não é apenas um evento social, mas um sacramento que envolve a preparação adequada e uma celebração consciente.
O vínculo matrimonial requer da parte dos noivos uma escolha consciente, que pondere a vontade de construir juntos algo que jamais deverá ser traído ou abandonado", disse o Pontífice.
Francisco salientou que em "momentos sérios e questões de crises é necessário, em certos casos, fornecer a orientação apropriada para realizar um processo de nulidade".
"Quantos já perceberam que seu casamento não é um verdadeiro matrimônio sacramental e quer sair da situação? Eles podem encontrar nos bispos, sacerdotes e agentes pastorais o apoio necessário, que se expressa não apenas na comunicação de normas legais, mas, antes de tudo, em uma atitude de escuta e compreensão", acrescentou.
Mesmo sendo criticado pela ala conservadora da Igreja, Jorge Bergoglio vem insistindo e abrindo o caminho para os casais considerados "fora de padrão" da tradição católica. No ano passado, ele permitiu que padres de qualquer paróquia possam conceder a comunhão para pessoas divorciadas que vivem um novo casamento.
Para o líder da Igreja Católica, é preciso que a Igreja acolha essas pessoas ao invés de afastá-las.