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Conexão que empodera

Grupo de Facebook muda vida de mulheres por meio da sororidade e do empoderamento financeiro

oferecido por Selo Publieditorial

Um dos principais alicerces do feminismo, a sororidade - que pode ser traduzida como solidariedade entre mulheres -, só entrou para o vocabulário da brasileira há cerca de cinco anos, embora tenha sido cunhada há mais de 40.

Nas redes sociais, observou-se o surgimento de grupos feministas de todos os tipos, dos que oferecem apoio emocional a mulheres traumatizadas aos que promovem informações sobre assuntos estritamente femininos, como métodos anticoncepcionais.

O conceito se espalhou para o mundo real, e hoje influencia empresas, grandes ou pequenas, de todas as áreas e de todos os portes, a desenvolver campanhas, estimular ações de inclusão e fomentar a formação de alianças entre mulheres.

Caso da Arezzo, que há mais de dois anos lançou o conceito #ArezzoJuntas como forma de fomentar o protagonismo feminino e a sororidade. Em suas campanhas, o conceito se traduz na reunião de mulheres de diferentes personalidades, características e biótipos. Estão em sua campanha de verão 2020 nomes como Fulvia Lacerda, Samantha Schmutz e Agnes Nunes, ao lado de modelos profissionais como Ana Claudia Michels. "A ideia é que, juntas, as mulheres se inspiram, se ajudam e se fortalecem", diz Silvia Machado, diretora executiva do grupo Arezzo.

Mas não existe feminismo ou sororidade sem o real empoderamento das mulheres, o que se traduz, entre outras coisas, em independência financeira. Por isso, a mara lança agora uma parceria com o Instituto Dona de Si, um acelerador e fomentador de talentos femininos criativos no audiovisual.

"As mulheres são o grupo mais prejudicado nas relações de trabalho", diz Maíra Rosin, 33 anos, historiadora e uma das moderadoras do grupo Feministrampos, o maior do tipo no Brasil. "Quando a gente fortalece uma rede de apoio entre mulheres, incentivando a prática de trocas só entre elas, há um fortalecimento de outras áreas da vida."

Trabalho de mulher pra mulher

Esse é o objetivo final do grupo Feministrampos, criado em 2014 por autora desconhecida e assumido em 2016 por Maíra e também pela redatora publicitária Marianna Zimmermann, de 31 anos. As duas não se conheciam até se voluntariarem como moderadoras do grupo, que na época contava pouco mais de 20 mil participantes. Nestes três anos de moderação, esse número saltou para mais de 60 mil.

Essa é uma pauta muito importante. É fortalecer o trabalho do pequeno produtor, do pequeno comércio. Tem tantas mulheres e marcas incríveis no grupo. Tem coisas que eu nunca compraria em outros lugares.

Marianna Zimmermann

Outro fator determinante para o sucesso do Feministrampos tem a ver com segurança. "Tem gente que tem muito medo de colocar um homem dentro de casa. Isso é um problema. Eu mesma já passei por situações desse tipo, especialmente ao contratar serviços de encanador e pedreiro, muito atrelados ao machismo estrutural", conta Marianna.

"Uma mulher sozinha em casa tem duas questões: o medo, claro, de estar em uma situação de vulnerabilidade em relação àquele homem, e a gente sempre é tratada como idiota, né?", lembra Maíra. Por isso as pedreiras fazem tanto sucesso.

"Elas conseguem bastante coisa pelo grupo. Tô falando de pedreira mesmo, azulejista, esse tipo de serviço, com quebra-quebra", diz Marianna. Mecânicas de automóveis, por enquanto, só tem duas: uma de São Paulo e outra de Brasília.

Psicólogas, diaristas e cozinheiras também estão entre as mais procuradas. "Tem muita gente que vive só dos trabalhos que consegue no grupo", orgulha-se Maíra.

A falácia da rivalidade feminina

Marianna se exalta ao entrar no assunto da "rivalidade feminina", tão propagada em rodas de cerveja masculinas, em piadinhas de comediantes preguiçosos e também em novelas e filmes. "O grupo é a prova de que isso não existe! Ficam tentando fazer a gente engolir essa ideia, mas é uma invenção."

Claro que nem tudo são flores, e há brigas, falta de empatia e desavenças comerciais. "Maluco tem em todo lugar, e no Feministrampos não é diferente. Mas acontece muito menos do que pode parecer. São uma ou duas reclamações por semana, de um volume total de 80 mil posts por mês. E são, na maioria das vezes, questões muito simples, que a gente consegue resolver no mesmo dia", diz Maíra. "Embora a gente não tenha essa obrigação, porque quem está oferecendo o serviço é quem tem que cuidar dele, a Mari faz essa ponte entre compradoras e vendedoras para resolver qualquer problema".

Casos extremos podem levar ao banimento da participante. "Não toleramos racismo, defesa de racismo reverso, transfobia. A gente expulsa sem dó", diz Maíra.

Também não são aceitos posts oferecendo trabalhos para os quais a participante não tem qualificação, serviços ilegais - ou ofertas que claramente violem a ética, como venda de TCCs e monografias. "Acham que a gente é que é moralista, mas é uma questão de proteção do grupo. ter esse tipo de palavra-chave dentro do grupo pode fazer com que o Facebook o derrube", explica Maíra. Ofertas com valores muito abaixo do mercado também estão fora.

"A gente está com um problema sério ultimamente com terapias holísticas. Não temos nada contra, mas não dá pra indicar esse tipo de terapia para quem está com depressão, por exemplo, como vemos em alguns posts - que não são liberados", conta Mariana. "Tinha uma massagista que dizia conseguir curar até infertilidade. Um perigo!"

O que é sororidade

Sororidade vai além de ajudar o próximo. É sobre apoio, empatia e união. Quando, juntas, mantemos o Feministrampos, colaboramos com a possibilidade de que mulheres que não teriam como divulgar seus serviços ampliem sua rede de vendas para além de seus círculos. Não é sobre um, mas sobre todos. Se sozinhas chegamos mais rápido juntas chegamos sempre mais longe!

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