Um dos principais alicerces do feminismo, a sororidade - que pode ser traduzida como solidariedade entre mulheres -, só entrou para o vocabulário da brasileira há cerca de cinco anos, embora tenha sido cunhada há mais de 40.
Nas redes sociais, observou-se o surgimento de grupos feministas de todos os tipos, dos que oferecem apoio emocional a mulheres traumatizadas aos que promovem informações sobre assuntos estritamente femininos, como métodos anticoncepcionais.
O conceito se espalhou para o mundo real, e hoje influencia empresas, grandes ou pequenas, de todas as áreas e de todos os portes, a desenvolver campanhas, estimular ações de inclusão e fomentar a formação de alianças entre mulheres.
Caso da Arezzo, que há mais de dois anos lançou o conceito #ArezzoJuntas como forma de fomentar o protagonismo feminino e a sororidade. Em suas campanhas, o conceito se traduz na reunião de mulheres de diferentes personalidades, características e biótipos. Estão em sua campanha de verão 2020 nomes como Fulvia Lacerda, Samantha Schmutz e Agnes Nunes, ao lado de modelos profissionais como Ana Claudia Michels. "A ideia é que, juntas, as mulheres se inspiram, se ajudam e se fortalecem", diz Silvia Machado, diretora executiva do grupo Arezzo.
Mas não existe feminismo ou sororidade sem o real empoderamento das mulheres, o que se traduz, entre outras coisas, em independência financeira. Por isso, a mara lança agora uma parceria com o Instituto Dona de Si, um acelerador e fomentador de talentos femininos criativos no audiovisual.
"As mulheres são o grupo mais prejudicado nas relações de trabalho", diz Maíra Rosin, 33 anos, historiadora e uma das moderadoras do grupo Feministrampos, o maior do tipo no Brasil. "Quando a gente fortalece uma rede de apoio entre mulheres, incentivando a prática de trocas só entre elas, há um fortalecimento de outras áreas da vida."