Marina Silva deixa Ministério do Meio Ambiente
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou na manhã desta terça (13) uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o seu desligamento do cargo em caráter irrevogável. O motivo da demissão, segundo a ministra em carta ao presidente, foi a dificuldade que ela encontrou para prosseguir com a agenda ambiental e a insuficiente 'sustentação política' para as questões do setor.
Leia a carta de demissão da ministra
Fontes do governo do Rio dizem que o presidente Lula convidou Carlos Minc, secretário do Ambiente do Rio, para assumir o cargo. Mas assessores do Planalto negaram que exista um convite.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, a ministra está em casa e não pretendia se pronunciar antes da resposta da Presidência da República.
Na tarde de segunda, antes de tomar a decisão de deixar a pasta do Meio Ambiente, Marina Silva teria se consultado com o ex-governador do Acre, Jorge Viana, e também com o atual mandatário do Estado, Binho Marques. Ontem mesmo ela teria escrito uma carta ao presidente Lula, que foi entregue no Planalto na manhã desta terça-feira.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), lamentou a decisão da ministra. "A ministra Marina Silva é uma militante histórica do PT, da causa ambiental e da Amazônia. Ela imprimiu ao ministério aquelas que são as suas convicções e deu uma contribuição muito importante para o governo."
Para o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), que também é secretário-geral do PT, a saída da ministra é uma perda para o governo. "Independentemente do motivo, é uma perda grande para o governo e para o país. É uma ministra excelente que conhece bem o funcionamento do ministério e do partido", afirmou.
Quem é Marina Silva
Maria Osmarina Silva Vaz de Lima, 50, começou sua carreira política militando nas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), ligadas principalmente à Igreja Católica -apesar de Marina ser evangélica da Assembléia de Deus.
Em 1988 foi eleita vereadora de Rio Branco, no Acre. Dois anos depois, se elegeu deputada estadual e, em 1994, aos 36 anos, chegou ao Senado Federal como a mais jovem senadora do país.
Sua carreira concentrou-se nas áreas de direitos humanos, cidadania, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Integra a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o primeiro dia do primeiro mandato, em 2003, sempre na pasta do Meio Ambiente.
Ex-seringueira, Marina Silva se filiou ao PT em 1985 e lançou sua candidatura a deputada federal para ajudar o líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, que era candidato a deputado estadual.
Marina aprendeu a ler já adolescente, já que no Seringal Bagaço, a 70 km de Rio Branco, onde nasceu, não havia escolas. Mais tarde, em 1985, formou-se em História pela Universidade Federal do Acre.
Na universidade, entrou para o PRC (Partido Revolucionário Comunista), grupo semiclandestino que fazia oposição ao regime militar, e deixou de lado o desejo de ser freira.
Depois de formada, começou a dar aulas de história e a participar do movimento sindical dos professores. Junto com Chico Mendes, em 1984, fundou a CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Acre.
No ano passado, Marina recebeu o maior prêmio das Nações Unidas na área ambiental, o Champions of the Earth (Campeões da Terra). A ministra foi uma das sete personalidades premiadas. Além dela, a ONU premiou o ex-vice presidente dos Estados Unidos Al Gore; o príncipe Hassan Bin Talal, da Jordânia; Jacques Rogge, do Comitê Olímpico Internacional; Cherif Rahmani, da Argélia; Elisea "Bebet" Gillera Gozun, das Filipinas; e Viveka Bohn, da Suécia.
Com informações da Agência Brasil e da Folha Online
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De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, a ministra está em casa e não pretendia se pronunciar antes da resposta da Presidência da República.
Na tarde de segunda, antes de tomar a decisão de deixar a pasta do Meio Ambiente, Marina Silva teria se consultado com o ex-governador do Acre, Jorge Viana, e também com o atual mandatário do Estado, Binho Marques. Ontem mesmo ela teria escrito uma carta ao presidente Lula, que foi entregue no Planalto na manhã desta terça-feira.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), lamentou a decisão da ministra. "A ministra Marina Silva é uma militante histórica do PT, da causa ambiental e da Amazônia. Ela imprimiu ao ministério aquelas que são as suas convicções e deu uma contribuição muito importante para o governo."
Para o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), que também é secretário-geral do PT, a saída da ministra é uma perda para o governo. "Independentemente do motivo, é uma perda grande para o governo e para o país. É uma ministra excelente que conhece bem o funcionamento do ministério e do partido", afirmou.
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Maria Osmarina Silva Vaz de Lima, 50, começou sua carreira política militando nas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), ligadas principalmente à Igreja Católica -apesar de Marina ser evangélica da Assembléia de Deus.
Em 1988 foi eleita vereadora de Rio Branco, no Acre. Dois anos depois, se elegeu deputada estadual e, em 1994, aos 36 anos, chegou ao Senado Federal como a mais jovem senadora do país.
Sua carreira concentrou-se nas áreas de direitos humanos, cidadania, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Integra a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o primeiro dia do primeiro mandato, em 2003, sempre na pasta do Meio Ambiente.
Ex-seringueira, Marina Silva se filiou ao PT em 1985 e lançou sua candidatura a deputada federal para ajudar o líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, que era candidato a deputado estadual.
Marina aprendeu a ler já adolescente, já que no Seringal Bagaço, a 70 km de Rio Branco, onde nasceu, não havia escolas. Mais tarde, em 1985, formou-se em História pela Universidade Federal do Acre.
Na universidade, entrou para o PRC (Partido Revolucionário Comunista), grupo semiclandestino que fazia oposição ao regime militar, e deixou de lado o desejo de ser freira.
Depois de formada, começou a dar aulas de história e a participar do movimento sindical dos professores. Junto com Chico Mendes, em 1984, fundou a CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Acre.
No ano passado, Marina recebeu o maior prêmio das Nações Unidas na área ambiental, o Champions of the Earth (Campeões da Terra). A ministra foi uma das sete personalidades premiadas. Além dela, a ONU premiou o ex-vice presidente dos Estados Unidos Al Gore; o príncipe Hassan Bin Talal, da Jordânia; Jacques Rogge, do Comitê Olímpico Internacional; Cherif Rahmani, da Argélia; Elisea "Bebet" Gillera Gozun, das Filipinas; e Viveka Bohn, da Suécia.
Com informações da Agência Brasil e da Folha Online