Pais do Bóson de Higgs e Cern levam Prêmio do Príncipe das Astúrias
O britânico Peter Higgs e o belga François Englert, pais do Bóson de Higgs, e o Centro Europeu de Física de Partículas (conhecido pela sigla Cern) ganharam nesta quarta-feira (29) o Prêmio Príncipe de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica.
Junto com o físico belga Robert Brout, falecido em 2011, os físicos previram em 1964, ao mesmo tempo e de maneira independente, a existência da chamada "partícula de Deus".
Quase 50 anos depois, a equipe do Cern anunciou em julho do ano passado a confirmação experimental da existência da partícula.
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"O descobrimento do Bóson de Higgs constitui um exemplo emblemático de como a Europa liderou um esforço coletivo para resolver um dos enigmas mais profundos da física", disse o júri ao anunciar sua decisão na cidade de Oviedo, na Espanha.
O júri ressaltou que "os trabalhos pioneiros" de Higgs e de Englert e Brout estabeleceram a base teórica da existência do Bóson de Higgs, a partícula que "completa o modelo padrão [da física], que descreve os componentes fundamentais da natureza, e é responsável que certas partículas elementares possuam massa".
Os jurados classificaram de "marco histórico" para toda a comunidade científica o fato da partícula ter sido identificada no ano passado pelos detectores ATLAS e CMS, do grande acelerador de partículas LHC do CERN, situado na cidade suíça de Genebra.
Este é o quarto dos oito prêmios concedidos anualmente pela Fundação Príncipe das Astúrias que já foi anunciado. O de Artes foi vencido pelo cineasta austríaco Michael Haneke; de Ciências Sociais pela socióloga holandesa Saskia Sassen; e o de Comunicação e Humanidades pela fotógrafa americano Annie Leibovitz.