Empresas menores juntam-se a coro para divisão de gigantes da tecnologia
Por Nandita Bose
BOULDER, Estados Unidos (Reuters) - Em abril de 2019, a Tile.com, que ajuda os usuários a encontrarem objetos perdidos, de repente se encontrou competindo com a Apple, após anos de uma parceria benéfica mútua com a criadora do iPhone.
A Apple distribuía o app da Tile em sua loja de aplicativos e vendia seus produtos desde 2015. A empresa até exibiu a tecnologia da Tile em seu maior evento anual em 2018 e a startup chegou a enviar um engenheiro para a sede da Apple para desenvolver um recurso para a assistente digital Siri.
Mas no início do ano seguinte, executivos da Tile leram notícias de que a Apple estava lançando um produto e um serviço semelhantes aos que a Tile vendia. Em junho, a Apple parou de vender os produtos da Tile em suas lojas e contratou um de seus engenheiros.
"Após cuidadosa consideração e meses de contatos com a Apple por meio dos canais regulares, a Tile tomou a decisão de continuar denunciando as práticas anticompetitivas da Apple", afirmou o advogado da Tile Kirsten Daru em entrevista.
A startup será uma das quatro empresas que vão testemunhar nesta sexta-feira em uma audiência na subcomissão de defesa da concorrência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. As empresas pedirão para o Congresso norte-americano observar como estas grandes companhias usam seu poder de mercado para prejudicar rivais.
Um porta-voz da Apple afirmou que a companhia não criou um modelo de negócios ao redor da localização do cliente ou de seu aparelho, que os usuários têm o controle sobre tais dados e que eles podem escolher quais serviços de localização querem ativados.
Outra companhia que testemunha nesta sexta-feira é a Basecamp, que vende uma ferramenta de gestão de projetos online e levou preocupações sobre as práticas do Google sobre publicidade e busca. O Google representa mais de 40% do tráfego da Basecamp.
O Google permite que competidores comprem anúncios com a marca da Basecamp e então bloqueia consumidores de acessarem o site, disse o co-fundador da Basecamp David Heinemeier Hansson à Reuters em entrevista.
"O monopólio do Google sobre as buscas na internet precisa ser quebrado pelo bem de um mercado justo", disse Hansson. A Basecamp agora precisa gastar mais de 70 mil dólares por ano em uma campanha de publicidade para defender sua marca no buscador, disse o executivo.
O porta-voz do Google Jose Castaneda afirmou que no caso de termos com direitos protegidos, como nomes de empresas, a política da companhia equilibra o interesse dos usuários e dos anunciantes.
O Google permite que competidores façam ofertas por termos com direitos registrados porque isso oferece aos usuários mais escolha quando estão buscando, mas se um detentor de direitos encaminhar uma queixa, o Google bloqueia competidores de usarem a marca no texto do anúncio, disse Castaneda.
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