Cerca de US$1,2 bi em criptomoeadas foram roubadas desde ano passado, diz grupo

Criminosos roubaram cerca de 1,2 bilhão de dólares em moedas digitais desde o início do ano passado, conforme o crescimento da popularidade do bitcoin e o surgimento de mais de 1.500 criptomoedas pelo mundo colocaram o setor desregulado sob os holofotes, segundo estimativas do Anti-Phishing Working Group (APWG), divulgadas nesta quinta-feira (24).
As estimativas são parte de pesquisa sobre criptomoedas do grupo e incluem dados sobre roubos não declarados.
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"Um problema que estamos vendo além da atividade criminal de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que usa criptomoedas é o roubo dessas moedas pelos bandidos", disse Dave Jevans, presidente da empresa de segurança de moedas digitais, CipherTrace. Jevans também é presidente da APWG.
Do 1,2 bilhão de dólares roubados, Jevans estima que apenas cerca de 20% ou menos que isso foi recuperado, citando que agências governamentais de segurança do mundo estão caçando os ladrões.
Segundo ele, a lei europeia de regulação de proteção de dados, que entra em vigor na sexta-feira e é conhecida como GDPR, pode ser um ponto de apoio para os criminosos.
"A GDPR vai impactar negativamente a segurança geral da Internet e vai ajudar criminosos", disse Jevans. "Ao restringir acesso a informações críticas, a nova lei vai afetar significativamente investigações sobre cibercrime, roubo de moedas, ransonware, malware e outros tipos de fraudes", afirmou ele.
A GDPR foi aprovada em 2016 e tem como objetivo simplificar e consolidar regras que as companhias precisam seguir para protegerem seus dados e darem controle sobre informações pessoais a cidadãos da UE.
A implementação da GDPR significará que a maior parte dos dados sobre domínios na Internet do bloco de países no WHOIS, o banco de dados de registros da Internet, não vai mais ser publicada após 25 de maio. O WHOIS contém nomes, endereços e endereços de email de qualquer um que registre nomes de domínio para sites da Web.
Os dados do WHOIS são fundamentais para investigadores e autoridades que trabalham para combater roubos, disse Jevans.
"O que vamos ver é que não apenas o mercado europeu vai ficar às escuras para todos nós, como também todos os bandidos vão ir para a Europa porque você pode acessar o mundo a partir da Europa e não haverá forma de se conseguir esses dados mais", disse Jevans.
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