Juíza dos EUA nega pedido da Apple de punição rigorosa à Samsung
Uma juíza nos Estados Unidos indeferiu o pedido da Apple de punição rigorosa à Samsung Electronics por causa da conduta de um advogado da companhia sul-coreana, apesar de ter reconhecido que a conduta em questão poderia ter influenciado o júri.
O julgamento da disputa judicial por patentes entre as duas companhias continuou nesta sexta-feira. A Apple entrou com processo contra a Samsung pela propriedade intelectual sobre iPhone e iPad, e a fabricante asiática recorreu.
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A juíza distrital Lucy Koh impediu na terça-feira os advogados da Samsung de apresentarem certas provas no começo da audiência. No mesmo dia, a Samsung mandou à imprensa links para essas provas e declarou que "a justiça básica exige que o júri decida o caso com base em todas as evidências".
O advogado John Quinn, a serviço da Samsung, admitiu em documento judicial na quarta-feira que tinha autorizado o envio das provas à imprensa, mas ressaltou que a intenção não era influenciar o júri.
A companhia norte-americana pediu à juíza que, como forma de punição à Samsung, considerasse as patentes de telefone da Apple válidas. Nesta sexta-feira, Lucy Kok negou o pedido, mas disse que será necessário investigar mais o caso após o julgamento.
"Não vou permitir que nenhuma encenação ou performance nos tire do foco do que estamos para fazer aqui", declarou a juíza.
A magistrada então convocou os nove membros do júri, um a um, e perguntou se tinham lido alguma coisa sobre o caso desde terça-feira. Um deles admitiu que tinha visto chamadas na Internet, mas ressaltou que não tinha entrado nas matérias. Todos disseram que mesmo assim conseguiriam ser imparciais.
Depois disso, o diretor de marketing da Apple, Phil Schiller, depôs.
(Por Poornima Gupta e Dan Levine)