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Tchau! Adobe vai interromper suporte ao Flash; saiba como desinstalá-lo

Imagem: Reprodução

Marcos Bonfim

Colaboração para Tilt, em São Paulo

30/12/2020 04h00

Sem tempo, irmão

  • Adobe recomenda "fortemente" a desinstalação por questão de segurança
  • Flash Player contribuiu para o desenvolvimento de conteúdos interativos na internet
  • Lentidão, modelo proprietário e a falta de segurança prejudicaram evolução do Flash
  • Navegadores se preparam para desativar a solução

Uma das tecnologias mais clássicas da internet finalmente está chegando ao fim. A Adobe vai deixar de oferecer suporte para o Adobe Flash Player a partir do dia 31 de dezembro, e o programa será descontinuado em 12 de janeiro de 2021. Desde o começo do mês, a marca tem recomendado "fortemente" a desinstalação manual do programa, como forma de proteção dos seus sistemas.

Em alguns casos, a Adobe tem exibido alertas no Windows 10 e no macOS avisando como se livrar do plugin, que possibilitou animações na web por muito tempo e que ficou ultrapassado.

Como desinstalar?

Se você recebeu a mensagem da Adobe quando ligam o computador, o processo é bem simples. Basta clicar no "desinstalar" que aparece no canto inferior direito da tela.

Se você não recebeu, o caminho é um pouco mais longo. Nesse caso, deve acessar o Painel de Controle a partir do campo de pesquisa do Windows (na Barra de Tarefas), entrar em Programas e Recursos, selecionar o Adobe Flash Player e clicar em "Desinstalar". Outra opção é baixar um desinstalador disponível no site da Adobe —já na página, clique em "Uninstaller".

O fim de uma era

Quem faz a desinstalação a partir do lembrete recebe uma mensagem de agradecimento da Adobe. Nela, a empresa afirma ter orgulho da contribuição do Flash para o desenvolvimento do conteúdo na internet ao permitir criações animadas, interativas e em áudio e vídeo. "Estamos ansiosos para entrar em uma nova era de experiências digitais", conclui.

O fim do Flash foi anunciado há mais de três anos, em julho de 2017, mas reflete uma perda de relevância ao longo da última década. Isso acontece especialmente a partir da evolução do mercado de smartphones, quando os fabricantes optaram por outras tecnologias.

Um episódio que marca a trajetória do Flash Player foi a crise com Steve Jobs, em 2010, quando a Apple decidiu usar HTML5, CSS e linguagem de programação Javascript nos iPhones, iPods e iPads.

Em meio a críticas de executivos da Adobe, o cofundador da Apple divulgou uma carta aberta explicando os porquês da decisão e apontando falhas do Flash como lentidão, padrão proprietário, alto consumo de bateria, inadequação à interface touch, ser pesado demais e a falta de segurança, sendo alvo constante de ataques.

Aliás, com a Adobe anunciando o fim de suporte, o Flash não receberá mais atualizações. Então, se algum cibercriminoso descobrir alguma falha, a companhia não liberará mais correções.

E nos navegadores?

A Mozilla já confirmou que o Flash Player não será incluído no Firefox 85, previsto para ser lançado em 26 de janeiro. Circulam informações também que Microsoft e o Google estão planejando desativar o Flash Player em seus navegadores baseados no Chromium, projeto de código aberto do Google. Mas as empresas não soltaram nenhum comunicado oficial sobre quando essas mudanças devem acontecer.

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