9 em 10 brasileiros acreditam que urna eletrônica pode ser violada
Bruna Souza Cruz e Gabriel Francisco Ribeiro
Do UOL, em São Paulo
22/08/2018 16h53
As polêmicas por traz do funcionamento das urnas eletrônicas no Brasil reacendem a cada eleição. E com a proximidade da disputa eleitoral brasileira, marcada para 7 de outubro, uma pesquisa feita pela empresa de segurança digital Avast observou que 91,84% dos brasileiros temem que o sistema eletrônico possa ser violado.
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Todos os anos o TSE atualiza o equipamento para evitar fraudes e neste ano terá auditoria em tempo real durante as eleições. A urna eletrônica brasileira virou modelo em algumas partes do mundo e a tecnologia chegou a ser usada em outras eleições. O principal ponto positivo dela é a rápida contagem de votos.
A cada ano, as urnas são submetidas a testes públicos, de hackers e de confiabilidade para buscar brechas, que são imediatamente consertadas. Vale destacar que a urna não é ligada à internet - os dados são transmitidos por uma rede segura do TSE.
Além dessa percepção envolvendo a urna eletrônica, a empresa também identificou que há outras preocupações em relação à segurança digital no período.
Vazamento de dados
Do total de participantes, 94,39% acreditam que possíveis vazamentos de dados de candidatos e/ou partidos políticos podem impactar a opinião pública e até mesmo o resultado eleitoral.
Ao todo, 96,15% dos entrevistados expressaram preocupação com o fato de políticos e suas legendas serem alvos de cibercriminosos.
A Avast realizou a pesquisa em julho de 2018 e ouviu 1.595 brasileiros - deste número, 84,39% eram homens e apenas 15,61% são mulheres; O número de entrevistados com ensino superior é de 68,76%.
Outros destaques da pesquisa:
- 93,54% afirmaram que vão às urnas neste ano
- 55,37% já sabem em quais candidatos vão votar
- 44,63% devem decidir apenas mais perto da eleição
- 79,42% têm grande interesse nas questões políticas do país
- 10,03% não estão interessados no assunto
- 10,54% não se manifestaram a respeito