Google vai refinar algoritmo para eliminar informações não confiáveis
O Google anunciou nesta terça-feira (20) que está trabalhando para refinar seu algoritmo para eliminar informações "não confiáveis", depois que uma matéria britânica mostrou que um site de negação do Holocausto apareceu no topo dos resultados de uma consulta ao gigante da internet.
A declaração foi divulgada depois que o jornal britânico The Guardian mostrou na semana passada que o site de supremacia branca Stormfront aparece como o primeiro resultado quando os usuários perguntaram: "O Holocausto aconteceu?".
O site é operado por um grupo que diz que o genocídio de mais de seis milhões de judeus e outros na Segunda Guerra Mundial foi uma farsa.
Em uma declaração à AFP, o Google disse que seu objetivo é fornecer "resultados confiáveis" para as pesquisas, oferecendo "uma amplitude de conteúdos diversos de fontes variadas".
"Julgar quais páginas na web respondem melhor a uma pergunta é um problema desafiador e nem sempre conseguimos acertar", diz o comunicado.
"Quando informações não confiáveis são classificas no topo dos nossos resultados de pesquisa, desenvolvemos abordagens escaláveis e automatizadas para corrigir os problemas, ao invés de removê-los manualmente um por um".
O Google acrescentou que ajustes recentes no seu algoritmo "ajudarão a trazer à tona conteúdo confiável e de alta qualidade" e que o gigante da tecnologia "continuará mudando" seus "algoritmos ao longo do tempo para enfrentar esses desafios".
A falha técnica de pesquisa do Holocausto é apenas a mais recente de uma série de questões nas quais o Google enfrentou escrutínio pelos seus algoritmos de pesquisa.
No mês passado, ao responder a reclamações sobre notícias falsas relacionadas com as eleições nos Estados Unidos, o chefe-executivo do Google, Sundar Pichai, disse que a empresa recebe bilhões de consultas diárias e admitiu que erros foram cometidos.
"É um momento de aprendizagem para nós, e nós definitivamente trabalharemos para consertar isso", disse ele em uma entrevista à BBC no mês passado.
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