Líder na China, Xiaomi tem patentes e pós-venda como desafios para crescer
A Xiaomi é um fenômeno de vendas de smartphone na China. No segundo trimestre, ela virou líder no maior mercado de telefonia do mundo. Com a estratégia de vender gadgets acessíveis, a empresa tem desafios a serem superados para consolidar sua marca, como melhorar o pós-venda e investir em patentes. As informações são de um relatório da empresa de consultoria Gartner.
"Nos centros de serviço [da Xiaomi] faltam peças até para os reparos mais comuns. Para consertar um aparelho, ele deveria ser enviado para a sede da companhia, o que causava uma longa espera", afirma o levantamento.
Além disso, a companhia pecou nos seus primeiros anos com a falta de qualidade dos gadgets comercializados em larga escala. “Reparamos a ocorrência de problemas como reinicialização automática do aparelho, aquecimento de bateria, qualidade da tela, entre outros. Ao conversar com fabricantes, eles disseram que parte disso deve-se a pouca experiência da empresa no desenvolvimento em massa de dispositivos”, diz o relatório da consultoria.
Para contornar o problema, a empresa começou a oferecer no ano passado reparos rápidos em algumas cidades e a disponibilizar um chat 24 horas para ajudar a solucionar defeitos.
Patentes
Outro problema da companhia tem relação com patentes. Por promover diversas atualizações em seu sistema, a Xiaomi, às vezes, incorpora recursos de concorrentes.
“A maioria das fabricantes chinesas estão protegidas com leis locais frouxas de propriedade intelectual. No entanto, isso será uma grande ameaça para a companhia ao chegar a mercados internacionais”, diz o relatório. "Em agosto de 2013, a Xiaomi registrou 514 patentes, segundo o órgão chinês. Enquanto isso, Huawei e Lenovo registraram 43.393 e 5.267, respectivamente. A maioria delas referentes a interface de usuário, processos e design."
Atualmente, a empresa vende dispositivos na China, Taiwan, Indonésia e, mais recentemente, na Índia.
Antes de morrer, Steve Jobs, cofundador da Apple, disse que empreenderia uma “guerra” contra o Android, por achar que o Google copiou recursos do iOS em seu sistema. A gigante das buscas não foi diretamente prejudicada, mas a Samsung foi alvo de uma grande batalha jurídica por isso. Imagine só se a Xiaomi entrar no mercado norte-americano e incomodar as fabricantes de tecnologia.
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