Serviço de música Deezer chega ao Brasil com acervo robusto e opções de assinatura
Guilherme Tagiaroli
Do UOL, em São Paulo
26/02/2013 06h00Atualizada em 26/02/2013 15h49
Os usuários brasileiros ganharam mais uma opção de serviço de música por streaming (que toca arquivos diretamente da internet) em fevereiro. Após o OiRdio (no Brasil desde o 1º semestre de 2012), a francesa Deezer desembarca no Brasil com preço competitivo (R$ 8,90 a assinatura mais simples; R$ 14,90 a completa), mas com acervo maior que o do concorrente (20 milhões, contra 18 milhões). Há também um modelo grátis de assinatura temporária.
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Presente em mais de 160 países, o serviço de streaming permite que o usuário ouça músicas gratuitamente pela internet (por um determinado período) ou baixe arquivos em dispositivos móveis sem precisar estar conectado – para isso, é necessário fazer o download das canções, que só podem ser acessadas pelo aplicativo oficial do Deezer.
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Para utilizar o serviço, basta acessar a página do Deezer, fazer um cadastro com nome de usuário e senha (é possível também utilizar o login do facebook) e começar a ouvir.
Modelos de assinatura
O site de streaming conta com três modelos de assinatura, sendo dois pagos e um feito, especialmente, para “viciar” o usuário.
Os pagos são o Premium (que dá acesso ao acervo completo do serviço apenas pela internet), por R$ 8,90, e o Premium+, por R$ 14,90. Além de poder ouvir todas as músicas pela web, o plano mais caro permite baixá-las em dispositivos móveis como tablet ou smartphone via aplicativo oficial da plataforma.
A terceira via é a assinatura Discovery, que é grátis e exibe propagandas. Ela dá acesso às músicas apenas pela web por seis meses de forma ilimitada. Depois desse período, o Deezer corta regalias e só deixa a pessoa ouvir duas horas por mês dos arquivos do serviço. Conclusão: após deixar você desfrutar seis meses de música e criar playlists, o site de streaming “tira o doce da criança”.
Com a pretensão de ser a central de áudio do usuário do serviço, o Deezer disponibiliza espaço ilimitado para upload de arquivos pessoais. Pelo fato de a companhia não saber se o conteúdo do usuário infringe direitos autorais, o recurso só permite que a própria pessoa acesse o arquivo digital. Após subir um arquivo não é possível baixá-lo de volta, o sistema só permite ouvir o áudio ou excluí-lo.
Interface amigável e social
A interface do Deezer é amigável e simples de mexer. Há, basicamente, uma caixa de busca e artistas em destaque.
O serviço também disponibiliza rádios temáticas, que são divididas pelo nome da banda ou pelo gênero musical. O recurso tem dupla utilidade para o usuário novo do serviço: é possível conhecer novos artistas e, para os preguiçosos, desfrutar do gênero musical preferido sem a necessidade de criar listas de música.
O usuário do Facebook que associa a conta ao Deezer recebe automaticamente recomendações de listas de música. O serviço faz uma espécie de varredura no perfil para entender o gosto musical do usuário. Outro detalhe, que pode incomodar, é a postagem automática no Facebook das ações do usuário (“Fulano criou tal playlist” ou “sicrano ouviu determinado artista”).
Acervo diversificado
Gosto musical é um parâmetro muito particular. A reportagem achou todas as músicas que buscou no serviço. Há desde álbuns clássicos, como o da dupla sertaneja Milionário e José Rico, até a música “Harlem Shake”, do produtor americano Baauer, que se transformou em um viral da internet. Antes de assinar, é possível utilizar o Deezer gratuitamente. Nessa hora, o potencial contratante poderá verificar se o acervo agrada ou não.
A companhia mantém acordo com as gravadoras Sony, Universal, Warner, EMI e Som Livre. Além disso, o Deezer tem contrato com 2.000 produtoras independentes.