Estudo aponta que 89% dos casos de Covid-19 no Uruguai são da cepa brasileira
Entre os dias 17 e 21 deste mês, o estudo analisou556 amostras de todos os departamentos do país e, desse total, em 493 (89%) foram detectadas a presença da cepa brasileira e observou-se que ela está presente nos 19 departamentos (províncias) do Uruguai.
O virologista Gonzalo Moratorio disse à emissora uruguaia "Canal 4" que a detecção desta porcentagem foi feita através do desenvolvimento de "uma PCR específica" que permite "interrogar" as amostras positivas e, assim, poder perguntar-lhes se são algum tipo de variantes.
"O número de variantes atualmente no Uruguai, se as separarmos na hora de classificá-las, podemos dizer que temos mais de dez variantes dentro de tipos e subtipos, e muitas delas não são preocupantes. Existem algumas que são preocupantes, pois alteram suas características biológicas e isso tem impacto direto no comportamento da pandemia no país", explicou o virologista uruguaio.
Por sua vez, a pesquisadora do Instituto Pasteur Tamara Fernández, disse à "TV Ciudad" que a variante P1 é mais preocupante por ser mais transmissível e porque "há indícios" no Brasil de que aumentaria a mortalidade e afetaria os mais jovens.
"É uma variante mais transmissível que as outras e isso gera um impacto muito grande porque na mesma situação o risco de transmissão é maior", explicou.
Moratorio ressaltou também que as vacinas contra a Covid-19 são eficazes tanto para essa como para as demais variantes presentes no país, pois geram proteção para o desenvolvimento de doenças graves e no combate à infecção.
"Essa mudança de dinâmica que nos leva a números que nos preocupam muito, leitos de UTIs ocupados, nos faz pensar que o impacto dessa variante teve muito a ver com isso. Infelizmente, dois eventos convergiram, que foi o aumento da mobilidade com o aparecimento desta variante", concluiu.
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