China lança sonda para coletar amostras na Lua
O lançamento aconteceu às 4h30 (horário local; 17h30 de segunda-feira em Brasília), por meio do foguete portador Longa Marcha-5, no centro espacial de Wenchang, na província de Hainan, no sul do país.
"A sonda entrou precisamente na órbita pré-definida. A missão foi concluída com sucesso", disse Zhang Xueyu, diretor do centro espacial e chefe da missão, à rede de televisão "CCTV".
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Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, esta é "uma das mais complicadas e desafiadoras missões espaciais" para o país asiático, que no ano passado aterrissou com sucesso a sonda Chang'e-4 no lado oculto da Lua, um feito inédito.
"A missão ajudará a promover o desenvolvimento científico e tecnológico da China e será uma base importante para futuras aterrissagens lunares tripuladas", afirmou Pei Zhaoyu, vice-diretor do Centro de Exploração Lunar da Administração Nacional do Espaço Chinês, à Xinhua.
Espera-se agora que a Chang'e-5 implante vários módulos na superfície lunar para coletar cerca de dois quilos de amostras em uma área previamente não visitada na face visível do satélite.
A nave levará dois dias para chegar à superfície da Lua, e a missão terá 23 dias de duração, segundo Pei.
A missão tornará a China o terceiro país capaz de coletar amostras lunares, depois de Estados Unidos e a ex-União Soviética nos anos 70.
Segundo a "CCTV", a missão visa "contribuir para os estudos científicos sobre a formação e evolução da Lua".
O Longa Marcha-5 levou ao espaço com sucesso a primeira missão da China rumo a Marte, a Tianwen-1, em 23 de julho.
O programa Chang'e (nomeado em homenagem a uma deusa que, segundo as lendas chinesas, vive na Lua) começou com o lançamento de uma primeira sonda orbital em 2007.
O país asiático fez seu primeiro desembarque lunar em 2013, e em janeiro de 2019 conseguiu que a sonda Chang'e-4 pousasse em sua face oculta.
O objetivo final do programa é uma missão tripulada à Lua, mas nenhuma data foi estabelecida. EFE
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