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China se prepara para aterrissar em Marte após chegar ao lado oculto da Lua

Imagem da Nasa mostra o planeta Marte Imagem: Nasa via AP

Em Pequim

14/11/2019 12h16

A China revelou hoje uma experiência que simula a descida e aterrissagem de uma sonda na superfície de Marte, um planeta que o gigante asiático espera alcançar no próximo ano.

Depois de pousar no lado oculto da lua em janeiro deste ano, os chineses estão se preparando para lançar uma sonda para Marte em 2020, o que seria uma "conquista sem precedentes", de acordo com a Administração Espacial Nacional local.

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O experimento simulou a gravidade do planeta vermelho - um terço menor que a da Terra - em um campo de testes aeroespaciais localizado no distrito de Huailai, na província de Hebei, no norte do país, segundo informações divulgadas nesta quinta pela agência de notícias estatal Xinhua.

O desembarque é o maior desafio que a missão enfrentará, como reconheceu o diretor de mídia da instituição, Zhang Kejian. "A China vem promovendo ativamente a cooperação internacional na exploração espacial", destacou.

A experiência contou com a presença de embaixadores e diplomatas de 19 países, incluindo o Brasil, e representantes da União Europeia, da União Africana e da Organização de Cooperação Espacial Ásia-Pacífico.

Em janeiro, a sonda Chang'e 4 aterrissou com sucesso no lado escuro da lua e se tornou a primeira em toda a história a realizar o feito. Os chineses carregaram algodão, colza, batata e sementes de arabidopsis, bem como ovos de mosca da fruta e algumas leveduras. O objetivo era criar uma "mini-esfera simples", mas apenas o algodão prosperou.

O programa Chang'e começou com o lançamento de uma primeira sonda em 2007, e desde então mais quatro foram levados para o único satélite da Terra.

O objetivo final do programa é enviar uma missão tripulada para a lua, embora a data não tenha sido fixada e alguns peritos a tenham colocado por volta de 2036.

Quanto à missão Marte, o presidente da Academia Chinesa de Tecnologia de Propulsão Aeroespacial, Liu Zhirang, disse em março que técnicos chineses estão testando novas tecnologias de propulsão dadas as características da missão.

Liu declarou que os motores terão de ser ainda mais compactos do que os destinados às missões lunares, dadas as peculiaridades da atmosfera marciana, e mais autônomos, já que a distância da Terra pode atrasar os sinais dos centros de controle. EFE

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