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Abrindo caminhos

Aos 21 anos, Giva vive de criar soluções como a empresa que coloca as favelas no e-commerce brasileiro

oferecido por Selo Publieditorial

Durante a pandemia, a União dos Moradores e Comércio de Paraisópolis ganhou manchetes de todo o Brasil por sua organização e projetos revolucionários. O mais famoso deles foi a a criação dos Presidentes de Rua. O primeiro deles foi o jovem paraibano Giva Pereira, 21, que está sempre em movimento para criar soluções e se aproximar de novas conquistas. "Quando surgiu a ideia, levantei a mão e me candidatei na hora. Fui o primeiro presidente de rua. Hoje, sou coordenador nacional e ajudo a desenvolver e implantar o projeto em outras favelas de todo o Brasil", diz.

No projeto, Giva teve um contato intenso com a logística de receber e entregar doações pelas ruas e vielas da comunidade. Ele já sabia, por vivência própria, que comprar pela internet ou utilizar aplicativos de entrega não são opção para os mais de cem mil moradores de Paraisópolis. Nem para consumir, nem para vender.

Muitas ruas não são regularizadas, os endereços não constam em mapas ou GPS. E, quando constam, muitas vezes as empresas simplesmente não atendem a região, por medo ou preconceito

Giva Pereira, Empreendedor

Se esse já era um obstáculo limitador para os moradores antes, nos 16 meses de pandemia tornou-se muito pior.

Giva pensa rápido e se move mais rápido ainda. A ideia nascida de um projeto bem-sucedido logo transformou-se em uma nova conquista: contando com uma expertise 100% local, ele criou o Favela Brasil Express, empresa de logística que liga os endereços de Paraisópolis a centros de distribuição, conectando e movimentando toda a comunidade a novas possibilidades de consumo e negócios. "Todos os entregadores são moradores de Paraisópolis. Isso é fundamental. Porque quando o morador faz a compra e não consegue selecionar um endereço oficial, coloca um CEP de referência próximo e, na descrição, o endereço verdadeiro. O entregador daqui sabe onde é", explica ele.

Com apenas seis meses de operação, a empresa de Giva já emprega quase 80 pessoas da comunidade. Competiu com outras 40 em um desafio de logística urbana entre Brasil e Reino Unido e levou o primeiro lugar. Fechou parcerias com alguns dos marketplaces mais importantes do Brasil e tem uma performance de 98,9%. Hoje, entrega 800 pacotes por dia. Parece muito, mas não é nada perto dos 5 mil que Giva planeja. "A favela é o mercado do momento para as empresas de fora".

Ele conta que isso possibilita também que empresas da favela atendam ao entorno. "Além de a gente entregar, colocamos as lojas de Paraisópolis dentro do e-commerce. A mercadoria deixa de ser só um produto da favela e passa a ser um produto como qualquer outro. O que empodera o morador é dinheiro no bolso".

Ele fala com conhecimento de causa. As dificuldades financeiras marcaram sua infância e juventude. Quando chegou a Paraisópolis, aos 12 anos, vindo do interior da Paraíba em busca de uma vida melhor, não foi isso que encontrou de cara. "Chegamos a morar em um barraco com mais dez pessoas, a situação era muito precária", conta ele, que até hoje vive na comunidade, mas em condições mais dignas.

"Eu, inocente, não conseguia entender por que as pessoas precisavam passar por aquela situação. E sentia que tinha que fazer algo a respeito." Se movimentar para melhorar as coisas estava no sangue de Giva. Hoje, apesar da pouca idade, tem uma coleção de coisas que já fez a respeito.

Para começar, fuçou até conseguir entrar no Ensino Médio na unidade social de uma escola privada voltada especialmente para Paraisópolis. "Lá, fui criado e ensinado a desenvolver projetos sociais voltados para resolver problemas da comunidade", conta. Logo no primeiro ano, criou um projeto que venceu concursos. "Ganhei um incentivo e vi que, a partir daí, podia fazer muito mais". Não deu outra: no segundo ano, criou um sensor de enchente, uma plataforma de alumínio com chip que avisa por mensagem de texto os moradores de Paraisópolis se o nível dos córregos estiver subindo - um problema comum na região.

No terceiro ano, preparou-se e conseguiu uma bolsa de 100% para estudar Análise e Desenvolvimento de Sistemas. "Mas eu já era muito fora da caixinha na faculdade", diz. Giva conta os colegas diziam que queriam ser desenvolvedores, programadores. "Só que eu já tinha visão de negócio. Pensava em criar algo pra contratar o desenvolvedor e o programador", ri. O diploma está na mão, e a pós nos planos. Mas, na prática, empreender foi justamente o que Giva fez.

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Essa história é parte de uma série, oferecida pela marca de lubrificantes Mobil , que celebra movimentos e conquistas. São pessoas com trajetórias inspiradoras, olhar inovador e muita determinação, que seguem sempre se movimentando para criar novos caminhos.

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