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Conheça RIO, o primeiro FPS no Brasil feito por brasileiros

RIO terá cenários cariocas e referências da cultura brasileira; produção é do First Phoenix Studio, de Campinas (SP) Imagem: Divulgação/First Phoenix Studio

Lidia Zuin

Colaboração para o START

09/11/2020 04h00

É verdade que o Brasil não tem tradição de ser um país produtor de games, mas mesmo assim marcamos presença nos títulos estrangeiros, seja como o 13º maior mercado de videogames do mundo e maior da América Latina ou então como origem de personagens e cenários que vão desde o clássico Blanka, de Street Fighter, até Max Payne 3 e os mais recentes personagens Lucio, de Overwatch, e Raze, de Valorant.

Demorou, mas finalmente o poder de consumo do jogador brasileiro também impactou o mercado de trabalho nacional, conforme indicado pelo 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais (IBJD). Entre 2014 e 2018, houve um crescimento de 164% no número de desenvolvedoras, assim alavancando um total de 142 para 375 empresas. Uma delas é a First Phoenix Studio, que está prestes a lançar um título promissor.

Cidade contagiosa

Com previsão de lançamento para dezembro deste ano, Raised In Oblivion, ou RIO, já levou o prêmio de melhor game indie da América Latina na Brasil Game Show de 2019.

Sua proposta é oferecer ao público brasileiro um jogo de ação e sobrevivência online que se passa na cidade do Rio de Janeiro e que tem como pano de fundo a disseminação de uma doença infecciosa capaz de fazer os contaminados se tornarem extremamente agressivos —em outras palavras, um apocalipse zumbi carioca.

RIO terá cenários como favelas cariocas, mas também bairros da elite Imagem: Divulgação/First Phoenix Studio

Em entrevista ao START, Jhoniker Braulio, COO e diretor de marketing da First Phoenix, comenta que unir a mecânica de um jogo de sobrevivência em FPS no Rio de Janeiro com a temática de zumbi foi, de fato, uma estratégia para alcançar mais o público com dois elementos comercialmente chamativos. No entanto, Braulio reforça que RIO não figurará apenas as favelas cariocas, mas também os bairros nobres da capital fluminense.

Mesmo porque, assim como visto em Max Payne 3 ou mesmo em filmes como Tropa de Elite, que chegou a fazer sucesso fora do Brasil, temos sempre o estereótipo da criminalidade e da pobreza resumindo à realidade do país. "Realmente acreditamos ser um dos primeiros jogos a retratar o Rio de Janeiro de uma forma brasileira mesmo. Até hoje, temos ótimos jogos, mas com uma visão estrangeira", comenta Braulio.

Mandando a real

RIO Raised In Oblivion Imagem: Divulgação/First Phoenix Studio

Claro, RIO é um jogo de sobrevivência que considera temas como busca de poder e também fala de corrupção, mas o diretor de marketing afirma que o jogo não se resume apenas à competição PvP.

"A patente ORDEM, por exemplo, é de players que ajudam outros players a sobreviver. Esse é o verdadeiro foco do jogo, as pessoas se conectarem e se ajudarem. É uma coisa que até mesmo na vida real, pela situação que estamos passando, está precisando ter mais", conclui Braulio.

Nesse ponto, a desenvolvedora pretende ser o mais autêntica possível, sempre mantendo contato próximo com a comunidade. Foi assim que certos conteúdos foram adicionados ao jogo, desde nomes de comércios como a eletrônica PowerGuido, memes autenticamente brasileiros ou então em uma melhor ambientação da cidade, afinal, a empresa é situada em Campinas, interior de São Paulo.

AK-47 com skin do Flamengo faz parte do arsenal de RIO Imagem: Divulgação/First Phoenix Studio

"Temos alguns parceiros que são do Rio de Janeiro, como a produtora blakkclout, que nos ajudou em relação às referências, mas a própria comunidade ajuda muito mandando fotos de lugares e outra ferramenta que usamos muito é o próprio Google Maps", afirma Braulio.

E, nesse sentido, a First Phoenix tem uma proposta diferente quando o assunto é inclusão e diversidade. Mais do que tornar esse recurso uma artificialidade, Jhoniker Braulio diz que incluir personagens femininas jogáveis ou NPCs de personalidades significativas para o público, como é o caso da MC Carol, é simplesmente retratar a realidade.

"Isso deveria se tornar normal nos jogos, pois somos a diversidade e ao mesmo tempo somos todos iguais. Foi um prazer poder colocar a MC Carol como personagem em nosso jogo."

Não é só um jogo

Imagem: Divulgação/First Phoenix Studio

Por mais que o jogo tenha uma proposta maior de entretenimento, Braulio diz que ainda assim os desenvolvedores pretendem endereçar algumas críticas políticas no produto. Por ora, isso já acontece nas redes sociais conforme imagens promocionais são publicadas para contar um pouco da história do game. Fora isso, os desenvolvedores também já contam com a possibilidade de criar um modo história depois do lançamento de RIO.

Assim, a First Phoenix pretende não apenas contemplar o público brasileiro com um novo título nacional, mas também estender o produto com traduções para outros idiomas. Braulio também revela que o estúdio pretende realizar shows in-game com cantores brasileiros, assim como já visto em outros títulos como Minecraft e Fortnite. "Queremos movimentar o nosso mercado e dar oportunidades para aqueles que são do nosso país", conclui o diretor de marketing.

RIO - RAISED IN OBLIVION

Lançamento: previsto para dezembro de 2020
Plataformas: PC (Steam)
Classificação Indicativa: 14 anos (Violência, Atos Criminosos, Linguagem Imprópria, Drogas Ilícitas)
Desenvolvimento e distribuição: First Phoenix Studio

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