Ex-astro da música que virou militante pró-democracia é preso em Hong Kong
A polícia de Segurança Nacional de Hong Kong prendeu, nesta terça-feira (15), um ex-astro da música que se tornou ativista a favor da democracia, por acusações de sedição e de lavagem de dinheiro — noticiou a imprensa local.
Sem confirmar suas identidades, o policial Steve Li informou a detenção, hoje, de dois homens: um cantor, de 41, e um parente deste último, de 20.
Os jornais locais identificaram o cantor preso como Tommy Yuen, ex-membro da banda E Kids. Uma fonte policial confirmou sua prisão para a AFP.
Tommy Yuen se afastou dos holofotes desde a separação, em 2004, deste trio conhecido pelo cabelo colorido e pelas músicas cativantes.
Ele se tornou um ferrenho defensor das multitudinárias manifestações pró-democracia de 2019, em Hong Kong, duramente reprimidas pelas autoridades.
Segundo Li, o cantor é acusado de "incitar" a população a ter ódio do governo de Hong Kong. Outra acusação que pesa contra ele é a tentativa de mudar o sistema político, usando, por exemplo, uma palavra de ordem pró-democracia, hoje declarada ilegal, durante um show transmitido ao vivo online.
O policial mencionou ainda mensagens críticas do governo publicadas pelo ativista nas redes sociais e disse que o cantor arrecadou cerca de 1 milhão de dólares de Hong Kong (US$ 128.000) de doações "para ajudar outros manifestantes" detidos durante os protestos.