Conteúdo publicado há 8 meses

Ex-roteirista se pronuncia após demissão do Vai Que Cola e rebate Cacau

André Gabeh, 48, se pronunciou após a demissão do "Vai Que Cola" (Multishow e Globo). O roteirista foi demitido no último dia 7 e, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, seu desligamento aconteceu após pedido do elenco.

Em um vídeo publicado no Instagram, ele se manifestou após ter sido acusado de fechar a conta na rede social para evitar críticas. "Meu Instagram fica fechado às vezes, porque tem acontecido uma coisa muito estranha. Eu tenho recebido às vezes mais de 100 pedidos para adicionar como amigo pessoas que só tem oito fotos no seu perfil e, às vezes, o nome dessa pessoa não condiz nem com a foto. Disseram para mim que eu deveria manter o meu perfil fechado, porque essas coisas podem ser alguma tentativa de fazer o meu perfil encher de gente para depois hackearem. Então, eu fechei só por isso", iniciou ele.

O ex-roteirista do programa de humor afirmou que não está fugindo de nada. "As coisas que eu falei eu assino embaixo e acho muito feio as pessoas fazerem acusações para as outras sem estarem realmente informadas."

Ele afirmou que não tem a intenção de se popularizar na rede social e que o único objetivo é cuidar dele e da sua família. "Eu sou muito simples, tenho 45 mil seguidores, e não tenho como entrar em competição com pessoas que têm milhões de seguidores. A minha preocupação é estar com saúde para poder cuidar da minha vida e da minha mãe."

Na legenda do post, ele afirmou que não tem nada a esconder sobre o pedido de demissão. "Eu não tenho nada a esconder de ninguém, gente! Nada. Quer comentar nos meus posts? Comente. Sou apenas um grão de areia no meio desse vendaval. Me dei o direito de fazer uma denuncia baseado em fatos e evidências. É meu direito."

Incomodei a ponto de ser demitido e estou incomodando de novo só porque estou contando as verdades do que me aconteceu.André Gabeh

O roteirista afirmou que está na vida pública há 21 anos e que por essa razão não precisa provar seu caráter para ninguém. No entanto, ele acredita que deve satisfações porque o público que o segue consome seus produtos e, por isso, faz questão deles saberem que apoiam um "artista decente".

"Quer falar de mim? Pode falar! Eu sei que não posso competir com pessoas com mais poder e público do que eu. Mas, ao meu lado, eu tenho eu mesmo, minha história humilde e limpa e também meus amigos. Pode falar o quanto quiser. Não entrarei em guerras de narrativas", completou ele.

André ainda destacou que não está sozinho nessa, pois as denúncias não partem só dele. "Portanto não tenho que provar nada. Os fatos e provas falam por si. A única coisa pela qual posso ser acusado é de ter falado a verdade e de ter me defendido."

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Por fim, ele afirmou que sofreu boicote do elenco, e a produção tentou ajudá-lo. "Os roteiros começaram a ir sem identificação para os atores, depois que um dos meus textos, 'O Filho do Carnaval' foi rejeitado. Depois que estava meu nome lá, o roteiro foi rechaçado pela atriz. Estava presente na gravação do roteiro. E no dia da gravação, um dos atores fez uma piada com meu nome. A gente já se conhecia. Ele não sabia que eu estava lá. Todas as denúncias de assédio moral são mentira, e o que é verdade é o que essa atriz está dizendo? Então, por que ela não mostra os roteiros sem nome? Os antes do meu. Foi uma tentativa da produção me proteger. Porque eu estava sofrendo perseguição."

Entenda

De acordo com a Folha de S.Paulo, os atores teriam pedido a demissão do ex-BBB André Gabeh do time de escritores do Vai Que Cola. "A implicância ou perseguição, por parte do elenco, com o autor, não é de hoje", diz um trecho do texto publicado pelo jornal.

O ex-roteirista André Gabeh declarou: "Sou grato ao Canal Multishow e a Fábrica pela oportunidade do contrato [...], mas apesar dos elogios que me faziam, o elenco do programa não estava satisfeito com o que eu escrevia", escreveu Gabeh em uma publicação no Facebook.

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O também ex-roteirista Daniel Porto reiterou as críticas feitas anonimamente na carta enviada à Folha: "O preço que paguei foi caro: um burnout digno de uma internação psiquiátrica, depressão e crise de ansiedade como presente pelo assédio moral que era feito diariamente pelos atores e equipe de criação aos roteiristas", escreveu Daniel no LinkedIn.

Daniel diz que os atores diziam na véspera que não iam gravar. "Enquanto seus salários gordos caiam na conta sem a menor preocupação e respeito com o trabalho alheio. O desdém e o assédio moral com nossos textos era diário e na nossa cara. Era direto, ofensivo e cruel".

Todo mundo sabia, a estrutura inteira do programa sabia e nós ficávamos vendidos tentando nos defender da maneira que nos cabia. Os nomes citados na carta são poucos. TODOS DO ELENCO, DIGO, TODOS DO ELENCO tinham comportamento TÓXICO conosco, em maior ou menor grau.Daniel Porto

O elenco do Vai que Cola tem como nomes Cacau Protásio, que se manifestou e disse que o elenco está indignado, Catarina Abdalla, Marcus Majella, Samantha Schmutz, entre outros.

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