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Emanuelle Araujo sobre cenas sensuais: 'Nudez não faz diferença'

Colaboração para Splash, em São Paulo

08/07/2023 04h00

Emanuelle Araújo abriu o jogo sobre cenas de nudez e contou que para ela não faz diferença. Durante participação no Otalab, do UOL, comandado por Otaviano Costa, ela pontuou que há mais sensualidade na energia entre os personagens que no corpo.

"É uma questão pessoal minha. Gosto muito dessa sensualidade que muitas vezes não precisa ser explicitamente erótica. É o meu jeito. O baiano tem muito isso. A gente tem uma questão da sensualidade sem tabu. A questão é: com roupa ou sem roupa? Para mim, não faz diferença. Para mim, tem mais a ver a energia que está circulando. As cenas que eu sempre achei mais interessantes são a energia entre os dois personagens."

A atriz até citou qual cena acha mais sensual de sua carreira. "Acho extremamente sensual e não tem nudez nenhuma, a da Rosa dançando para o Roque em 'Ó Pai Ó'. Eu estava ali de uma forma representando tantas meninas que eu via no Pelourinho. Aquelas mulheres que independente dos corpos em que a sensualidade é absolutamente em uma dança, na qual elas não fazem nem questão de sorrir. Não precisa sorrir muito não. É uma cara mais séria e é ali que a sensualidade brota mais."

Emanuelle Araujo sobre interpretar Gretchen em filme: 'Pirei, foi maluco'. Em 2015, Emanuelle interpretou a cantora Gretchen no filme "Bingo: O Rei das Manhãs" e contou que "pirou" com a oportunidade.

"Daniel [Rezenda, cineasta], quando me convidou para fazer Gretchen, eu falei 'Claro que não, Daniel. Você tá bem louco! Como é que eu vou viver a Gretchen? Não sei nem por onde começar'. Ele me chamou para um café e falou 'Eu tenho certeza que é você', essas coisas de cineastas. Eu falei 'Cara, não.'. Aí ele me deu vídeos sobre a Gretchen que ele queria. Essa Gretchen dos anos 80, do Bingo. Uma paródia do Bozo, do palhaço. E eu fui estudar todos os movimentos, como a Gretchen se colocava e eu imitava muito naquela época que era criança e eu pirei. Foi um negócio muito maluco na minha carreira."

Emanuelle Araujo abre o jogo sobre saída da Banda Eva: "Me encaixotavam". A cantora ficou conhecida nacionalmente em meados de 1999 ao substituir Ivete Sangalo na Banda Eva, mas em 2002 decidiu deixar o grupo para seguir carreira no teatro.

"Estava no Eva, muito sucesso, ganhando dinheiro para caramba, fazendo show para caramba e em um momento muito incrível da minha vida e eu falei 'não é isso que eu quero para minha vida."

Ela contou que algumas pessoas consideraram uma loucura deixar a banda de sucesso no auge. "Não tinha nada a ver com a música. Eu amo Carnaval. Eu sou ainda uma cantora de Carnaval. Eu não sou só. Naquela época, eu vivia só de Carnaval. E isso, de fato, era algo que me encaixotava porque até escolha de repertório, até esteticamente, a roupa que eu queria botar", explicou.

A artista também comentou as dificuldades no musical "Chicago", que atuou em 2022 em São Paulo: "Mais difícil que trio elétrico". Emanuelle Araújo disse que foi mais difícil que pular em trio elétrico. "Uma loucura maravilhosa. Achei mais difícil por ser uma zona de anticonforto. [...] Foi incrível, Otaviano. Foi uma experiência, de fato, marcante na minha carreira."

"Chicago é um espetáculo que já acontece há tantas décadas pelo mundo todo. Não só em Nova York, a gente tá acostumado a ir pra lá e assistir esses musicais todos, mas ele hoje é uma franquia. Ele é montado na Coreia, Alemanha, França, assim como foi montado aqui no Brasil. Até já tinha acontecido uma montagem nos anos 2000 e essa nossa com staff americano. Todo mundo veio de Nova York. Então teve muito o crivo do musical da Broadway. Isso pra mim foi um grande desafio porque eu danço, canto, atuo há muitos anos, mas tinha algo de corpo que você tinha que estar dentro exatamente dessa chave americana. Ou seja, tinha que jogar fora toda a coisa da baianidade."