Gil diz que obscurantismo na cultura é permanente, mas pior fase passou
Gilberto Gil, 80, avalia que o "obscurantismo" é algo que assola a cultura brasileira permanentemente, mas que a pior fase foi superada com o fim do governo de Jair Bolsonaro (PL).
A declaração foi feita durante entrevista coletiva da terceira temporada do "Amigos, Sons e Palavras", do Canal Brasil, no início da tarde de hoje.
Questionado sobre a importância do programa à resistência ao desmonte da área, o músico classificou o diálogo como um dos caminhos para o enfrentamento aos ataques que a classe sofre ao longo da história.
"As conversas foram revelando as dificuldades que tivemos para nos relacionarmos com o mundo institucional da Cultura, que foi desprezado e menosprezado nesses últimos anos. Particularmente pelo governo central. Tudo isso é muito importante, e pode ser visto, sim, como um espaço de resistência", disse.
Para o artista, a atração permanece sendo a garantia de diálogos livres. "Podemos estabelecer a nossa conversa livre sobre os modos de estar no mundo. Além da defesa que nós artistas fazemos sobre esse modo de estar no mundo diante dessa coisa obscurantista que nos assola permanentemente, mas principalmente muito mais concentrada nesses tempos que acabamos de superar no Brasil".
Gil comanda a terceira temporada do "Amigos, Sons e Palavras" no Canal Brasil. O programa, que estreia no dia 23 de janeiro, vai mostrar conversas descontraídas do veterano com nomes como Fernanda Montenegro, Liniker e Marcelo Adnet.
A atração, que sempre começa com Gil cantando uma música escolhida pelo convidado, vai mostrar "prosas" intimistas que vão das relações familiares às questões de sustentabilidade.
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