Mãe de presidente das Filipinas é acusada de ter quadro sumido de Picasso

Um quadro desaparecido de Pablo Picasso foi visto na casa de Imelda Marcos, ex-primeira-dama das Fillipinas e viúva do ditador Ferdinand Marcos, enquanto ela comemorava a vitória presidencial do filho, Ferdinand "Bongbong" Marcos Jr.

As imagens divulgadas pela própria família mostraram Marcos Jr. visitando a casa de sua mãe, que havia exposto a Femme Couchée VI (Mulher Reclinada VI) de Picasso, ou uma réplica, acima do sofá.

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Ainda não está claro que a pintura, um dos oito alvos de apreensão pelas autoridades anticorrupção em 2014, é verdadeira.

No entanto, de acordo com um ex-funcionário da Comissão Presidencial de Bom Governo do país, a pintura é uma das cerca de 160 peças de arte supostamente adquiridas ilegalmente pela família de Ferdinand Marcos.

Segundo o The Guardian, a aparição inesperada da obra de arte aumentou os temores que a família use seu poder, agora aumentado, para inibir ainda mais os esforços para recuperar o possível quadro obtido de forma ilícita.

De volta ao poder

Quarenta anos depois de seu falecido pai ser deposto e enviado ao exílio, Ferdinand Marcos Jr. levou a família de volta ao poder nesta semana. Em 1986, Marcos e sua esposa Imelda partiram para o exílio, expulsos por uma revolução do "poder popular".

O filho de Marcos se negou durante a campanha a denunciar os excessos de brutalidade e corrupção de sua família, preferindo evitar as menções ao que aconteceu naquele período.

Assim, os eleitores filipinos apoiaram Marcos, com as memórias do regime apagadas pela passagem do tempo. "Ele vai tirar o país da pobreza em que vivemos agora", disse Anthony Sola, ex-policial e apoiador de Marcos.

O homem de 50 anos rejeitou as alegações de que a família Marcos roubou 10 bilhões de dólares quando estava no poder: "Não acredito que roubaram dinheiro porque, se tivessem, teriam que estar presos".