'Flow precisa transcender o Monark', diz youtuber após deixar podcast
De Splash, em São Paulo
08/02/2022 21h45Atualizada em 08/02/2022 22h14
O youtuber Bruno Aiub, o Monark, afirmou hoje em live no Flow Podcast ao lado de Igor Coelho — apresentador e sócio do projeto — que o podcast precisa continuar sem ficar associado ao nome dele.
A assessoria do Flow Podcast disse a Splash que Monark foi desligado totalmente do projeto. Igor confirmou na live na noite de hoje que comprou a parte do Monark na sociedade.
Mais cedo, Monark foi desligado por defender a existência de um partido nazista reconhecido por lei no Brasil.
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"Flow precisa transcender o Monark, ele precisa ser desassociado [ao meu nome]. E a gente acha que esse é o melhor caminho. Claro que terei minhas paradas, ficarei produzindo no meu canto. Mas é isso, infelizmente eu errei a forma como me comuniquei. E muita gente defendeu algo que sou completamente contra. Melhor eu assumir minha culpa", explicou o youtuber.
Igor, que abriu a live, disse que mais de 80 pessoas dependem do Flow, que vai continuar sem a presença do Monark. "A gente tinha meio a meio. E o que vai acontecer é que eu vou comprar a metade dele, até para ele ter uma... porque não acho que seja justo ele abrir mão de tudo isso", disse Igor.
Bruno Aiub, o Monark, aparecia como administrador da Flow Produção de Conteúdo Audiovisual LTDA, empresa responsável pelo podcast. O grupo tem como sócio a IB Holding de Participações LTDA.
A assessoria do Flow informou a Splash que os únicos sócios agora são Igor Rodrigues Coelho e Gianluca Santana Eugenio.
O caso
A defesa da existência de um partido nazista dentro da lei por Monark foi feita durante transmissão ao vivo ontem, na qual eram entrevistados os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).
"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", afirmou o apresentador.
Ele foi rebatido por Tabata logo após a declaração, mas insistiu no argumento questionando a parlamentar. "As pessoas não têm o direito de ser idiotas?", perguntou.
Não é de hoje que Monark causa polêmica por uma conduta reprovável. Ano passado, ele perguntou no Twitter se "ter uma opinião racista é crime" e ainda comparou homofobia com a escolha do indivíduo tomar um refrigerante.