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Conhecida das aulas de história, Alexandria, no Egito, tem catacumbas, biblioteca e litoral

Karina Gouvêa

Do UOL, em Alexandria

17/01/2013 08h01

Diferentemente do clima árido do Cairo, que fica a duas horas de carro, a bela e litorânea Alexandria desponta às margens do azul-esverdeado Mediterrâneo. Fundada por Alexandre, o Grande, em 331 a.C., foi uma das cidades mais importantes do mundo antigo, por ser ponto de encontro entre a Europa, Ásia e África.


Com o frescor da brisa marítima para refrescar o calor, a histórica cidade portuária abriga uma moderna biblioteca, hoje considerada um legado universal, que antes foi a mais completa e valiosa do mundo, se não fosse pelos dois incêndios pelos quais passou ao longo da história. Ainda sim, vale o passeio. Lá, estudantes de várias nacionalidades têm acesso a oito milhões de volumes, 50 mil mapas, 100 mil manuscritos, 200 mil CDs e 50 mil materiais em audiovisual, a maioria adquirida por meio de doações.

Alexandria também abrigava uma das sete maravilhas do mundo antigo: o Farol de Alexandria. Infelizmente, após uma série de terremotos, só restam esboços do famoso monumento de 120 metros de altura, construído pelo arquiteto grego Sóstrato de Cnido, em 280 a.C.

Mas a história ainda está presente na cidade, que conserva entre seus meios de transporte bondes elétricos. No parque arqueológico de Serapeum, a Coluna de Pompeu, de 30 metros de altura, feita em granito roxo de Asuán, está intacta. Nos escombros ao seu redor, há alguns hieróglifos que remetem a Seti I. Não muito longe, o complexo de catacumbas de Kom El-Shuqafa é um dos monumentos mais surpreendentes - e claustrofóbicos - de Alexandria. Datadas do ano 1 a.C., seus labirintos representam a última construção relacionada à religião do Antigo Egito. São vários conjuntos de túmulos, separados por corredores estreitos e escadas íngremes, cavados na rocha a mais de 20 metros de profundidade, que serviram de sepultura a muitos cristãos. Em suas paredes, pode-se notar a mistura de estilos, com forte influência greco-romana. Por causa da invasão do mar, o único nível dos três que se pode visitar é o primeiro.

Da Fortaleza de Qitbay, construída com ruínas do farol de Alexandria, tem-se uma das mais belas vistas da cidade litorânea. Não se deixe abater pelos corredores íngremes e pelos lances de escada, dos três andares, que levam ao topo. É de tirar o fôlego, literalmente, mas a visão que se tem, em um dia ensolarado, vale qualquer esforço.

 

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