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Dogue alemã surpreende passageiros ao viajar sentada em poltrona de avião

Darwin viajou como os humanos na cabine de um voo nos EUA Imagem: Reprodução/TikTok

De Nossa

14/06/2023 16h54

A dogue alemã Darwin surpreendeu passageiros e internautas — após o registro inicial de 29 de maio e subsequentes posts viralizarem — de um voo da American Airlines de Los Angeles a Nova York por viajar sentada em uma das poltronas, como seu humano.

Em imagens compartilhadas pelo tutor do animal, identificado apenas como Gibbon em seu perfil no TikTok, a cadela aparece tranquila brincando no chão do aeroporto, embarcando na aeronave e se acomodando em seu assento para a jornada.

"Quem disse que dogues alemães não são cães de avião?", questiona Gibbon na publicação que já alcançou mais de 13,2 milhões de visualizações. "Um salve para a American Airlines por tornar a nossa mudança para o Brooklyn facílima, aliás", agradeceu o "pai" de Darwin, que revelou ainda ter comprado três assentos para a dupla viajar confortavelmente.

A manobra foi necessária já que o pet pesa cerca de 63,5 kg. Além disso, Darwin é grande: cães da raça podem chegar a uma altura de 81 centímetros quando sentados, de acordo com estimativa do American Kennel Club. "Quando apoiados em suas patas traseiras, eles são mais altos que a maioria das pessoas", observou ainda a entidade de registro de cães de raça dos EUA à revista Newsweek. Assista à "aventura" da dupla:

Companhias aéreas costumam liberar apenas cães e gatos de pequeno porte — de 7 a 10 kg, incluindo o peso da caixa de transporte — nas cabines, embora esta política varie conforme a empresa. Contudo, Gibbon esclareceu que sua situação e a de Darwin não se encaixam na regra geral: a dogue não viajou como pet, mas sim como cão de serviço.

Qual é a diferença?

Cães de serviço são animais que prestam um apoio indispensável ao seu tutor durante a locomoção; é o caso dos cães-guia para deficientes visuais. "Eu tenho Doença de Crohn, o que quer dizer que eu atualmente vivo com uma ileostomia", explica Gibbon. O procedimento, que removeu totalmente seu intestino grosso, parte do intestino delgado e o reto, o deixou com uma bolsa de coleta de fezes ligada ao abdômen.

Como Gibbon precisa da companhia de Darwin para sua saúde — ela coloca pressão em seu abdômen quando ele tem crises dolorsas —, o tutor pesquisou diversas opções para a viagem da dupla, entre elas fretar um voo, cruzar o país de carro e até o despacho da cadela como carga — o que não era possível já que ela é maior do que as caixas de transporte disponíveis. Ao contatar a American Airlines, ele ficou sabendo que a dogue alemã poderia viajar na cabine.

"Se você tem um cão de serviço, não importa o tamanho, eles são tecnicamente permitidos em um avião", lembrou. A companhia também teria o orientado que, devido ao tamanho e peso de Darwin, ela precisaria estar confortável durante o voo, o que o levou a comprar um assento extra para os dois, garantindo espaço extra para ela deitar e cochilar, por exemplo.

O traslado na cabine de Darwin foi autorizado antes da compra da passagem pelo Departamento de Transporte (órgão do governo federal dos EUA) depois que Gibbon preencheu um formulário com informações do animal — uma espécie de "candidatura" para voar.

"Choque"

Apesar da natureza delicada da viagem dos dois, Gibbon se divertiu ao lembrar a experiência. "Foi definitivamente um choque para as pessoas cruzando o aeroporto ver um 'cavalo' caminhando na direção delas". Contudo, o tutor foi bastante criticado por levar um cão do porte de Darwin no avião quando ela tecnicamente não possui o treinamento completo de um cão de serviço, "apesar de ter acompanhado algumas aulas".

Segundo Gibbon, o processo é bastante caro e não há uma agência governamental única que realize a certificação dos animais nos EUA, o que dificultou o preparo da dogue alemã. "Darwin não realiza todas as tarefas de serviço que, tenho certeza, outros cães de serviço fazem. Eu não tinha todos os recursos, informação e dinheiro para o adestramento que este tipo de cão de serviço precisa. Então eu fiz todo o treinamento sozinho", explicou.

Ele ainda frisou que seus médicos garantiram que o tipo de apoio prestado pela cadela a qualifica como um cão de serviço, já que ela o acompanha, por exemplo, ao banheiro — em crises da doença, ele já chegou a ir 40 vezes por dia ao toalete com Darwin ao seu lado para comunicar e auxiliar em qualquer emergência.

Gibbon ainda ressaltou que as comissárias liberaram a presença da dogue alemã na poltrona, em vez do chão, e que antes da partida ele a levou no veterinário. Como Darwin não havia sido treinada para situações de voo, foi ministrado um calmante para mantê-la tranquila durante o percurso.

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